A Polícia Civil (PC) de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, concluiu, nessa quarta (24/4), inquérito sobre o caso de um motorista da cidade, de 29 anos, que atropelou e matou o garçom patrocinense Daniel Cardoso Maia, de 41 anos, em 29 de fevereiro deste ano. O atropelamento aconteceu em Uberlândia, em via pública do bairro Martins.
Segundo informações divulgadas pelo delegado Marcos Tadeu de Brito Brandão, o motorista foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) com dois agravantes: ser inabilitado e ter evadido do local sem prestar socorro à vítima.
Ainda conforme o delegado, o suspeito, que responde pelo crime em liberdade, relatou aos policiais civis que atropelou a vítima depois que se distraiu vendo um vídeo no celular de um amigo que estava ao seu lado. Em seguida, colidiu na traseira da vítima.
“Não foi possível demonstrar qualquer motivação que possa ter levado o condutor há atingir a bicicleta do garçom de forma intencional, justificando o homicídio culposo”, explicou o delegado.
O suspeito disse ainda aos policiais que não permaneceu no local do atropelamento porque não tem habilitação.
Segundo o artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor gera detenção de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. “Apesar disso, a detenção não é em regime fechado. Ele não foi preso em flagrante. Esta pena não cabe prisão. Mesmo se ele pegar a pena máxima, não cabe regime fechado", complementou o delegado.
Daniel Cardoso Maia, era, há 22 anos, garçom do Bar do Betão, estabelecimento localizado no Centro de Uberlândia.
Ele era natural de Patrocínio, no Alto Paranaíba, mas viveu em Uberlândia por mais da metade da vida. Deixou o pai, Antônio Carlos Pereira Maia, e os irmãos Leonardo, Caroline e Thiago.