
Ação conscientiza população sobre maus-tratos a animais em BH
Abril Laranja é o mês de conscientização contra maus-tratos animais; conscientização explica o crime e como fazer uma doação de animais responsável
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Siga noUma ação de conscientização sobre o crime de maus-tratos aos animais é realizada nesta sexta-feira (26/4) na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em decorrência ao “Abril Laranja”, mês de combate à crueldade animal, o ato integrado busca passar informações sobre o assunto.
A ação contou com a participação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) e Guarda Civil Municipal (GCM) de BH. O delegado de polícia Pedro de Oliveira informou que os profissionais dos órgãos abordaram algumas pessoas para explicar o que caracteriza o crime de maus-tratos.
“Estamos conscientizando a população, de acordo com o mandamento constitucional da educação ambiental, especialmente no Abril Laranja, que é o mês de conscientização contra a crueldade animal. Nosso trabalho é mostrar à população a importância dos animais, do trabalho policial para que a gente tenha uma relação melhor entre seres humanos e animais em geral”, explica Oliveira.
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O delegado conta também que a conscientização não é apenas sobre a crueldade com os animais, mas sobre tutoria e adoção responsável. Eles informam para as pessoas o tipo de cuidado necessário para os diferentes tipos de animais quando adotados para que não haja abandono material e até mesmo emocional dos pets. Além de cachorros, gatos e pássaros, que são comumente adotados, os avisos também são válidos para outras espécies, como coelhos e cavalos.
Tutores elogiam a ação
Cerca de 100 pessoas estiveram presentes na ação, com ênfase em crianças e pessoas que já passeavam pelo local com seus animais de estimação. Uma das tutoras abordadas pelos profissionais foi a advogada Renata Tavares, dona da cachorra Jade, uma lulu-da-pomerânia de nove meses. Moradora de Lavras, no Sul de Minas, ela estava de passagem em BH e avalia a ação positivamente.
“Eu acho a ação extremamente importante, porque além de conscientizar, ela também ajuda a inserir os animais em todos os lugares. Eu me sinto muito incomodada em não poder entrar com a Jade em alguns locais”, diz em relação aos espaços que não permitem entrada de animais.
Segundo a advogada, muitas pessoas não estão acostumadas a conviver com animais e, por isso, existe esse preconceito com os pets. Ela acredita que as ações são importantes também para que a população mude a visão sobre os animais, pois eles podem transformar a vida das pessoas, como ocorreu com ela.
“Minha família sempre teve cachorro, mas eu nunca tive tanto amor por eles. Meu primeiro contato foi com o cachorro de um ex-namorado. Quando terminamos, eu senti muita falta e tive vontade de ter um novo pet, pois o amor é incondicional. Essas ações são importantes para tocar o coração das pessoas, principalmente para quem é indiferente aos animais”, conta.
A tutora de Jade também reforça a importância de ter contato com esse tipo de ação ao contar a história de seu primo, Gustavo Tavares, que trabalha na Polícia Civil. Ele esteve envolvido em um resgate de diversos cães e decidiu adotar um deles.

Rosana de Fátima Tavares, de 60 anos, ao lado da sobrinha Renata Tavares, de 38, foram abordadas na ação
Eustáquio, um buldogue francês de quatro anos, chegou na casa de Gustavo muito machucado e com medo do contato humano, mas depois de um tempo confiou nos tutores e hoje faz a alegria da família. A tia da advogada, Rosana de Fátima Tavares, não vive sem o cão.
Renata finaliza apoiando a causa. Ela acredita que deve haver em outras cidades, pois é uma forma das pessoas maldosas saberem que a polícia está de olho nos crimes contra animais e, assim, seria uma forma de inibir a infração.