A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou um inquérito para investigar a suspeita de uma tentativa de envenenamento contra uma funcionária de uma escola cívico-militar municipal de Urucuia, no Noroeste do estado. A hipótese é de um veneno colocado dentro de um abacate que seria ingerido pela servidora. Nesta sexta-feira (26/4), a secretária de Educação do município, Juliane Carneiro, confirmou ao Estado de Minas que nove servidores do educandário foram afastados do trabalho para a apuração dos fatos.
A suspeita de tentativa de envenenamento foi registrada nessa quinta-feira (25/4) dentro da Escola Cívico-Militar Municipal Professora Ana Amélia Macedo Monte Alto. Por causa das medidas administrativas sobre a apuração do ocorrido, a instituição de ensino, que conta com 350 alunos (do quinto ao nono anos do ensino fundamental), teve aulas suspensas nesta sexta.
A investigação está a cargo da Polícia Civil de Arinos. O material suspeito foi recolhido e será encaminhado pela perícia para exame laboratorial, possivelmente, em Unaí (a 200 quilômetros de Urucuia), na mesma região. Somente após a análise em laboratório é que será possível confirmar se houve ou não a tentativa de envenenamento. Mas, mesmo sem confirmação, moradores afirmam que o caso já virou assunto nas rodas de conversa em Urucuia, que tem 17,47 mil habitantes e é situada a 631 quilômetros de Belo Horizonte.
A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar (PM) de Urucuia. Uma auxiliar de serviços gerais da escola cívica-militar municipal disse que encontrou sementes de girassol, com uma substância parecida com veneno usado para matar ratos, no abacate que tinha levado para lanchar no trabalho.
Conforme a PM, a servidora contou que levou a fruta para lanchar na escola e, após comer metade, guardou o restante em uma vasilha em um depósito na cozinha. Em seguida, saiu para servir o almoço para algumas crianças e, quando retornou para comer o outro pedaço da fruta, percebeu que alguém havia colocado sementes dentro do abacate com o produto estranho.
De acordoo com a Polícia Militar, o local é restrito aos trabalhadores da escola, e nenhum deles notou a presença de alguém estranho no setor.
A auxiliar de serviços gerais também relatou aos militares que não tinha desavença com as colegas. Por outro lado, informou que, em junho do ano passado, foi encontrado um papel colado em um dos banheiros da escola, escrito um xingamento contra ela, o que a motivou a registrar boletim de ocorrência pela PM, sem identificar a autoria da agressão.
Na noite desta sexta-feira, a secretária de Educação do município disse ao EM que, "até o momento", não foi levantada pista sobre o autor da suposta tentativa de envenenamento. "Todo o fato foi registrado pela PM e encaminhado para a Policia Civil. A nós, cabe aguardar os resultados e apontamentos realizados pelas autoridades competentes", afirmou Juliane Carneiro.
Ela também informou que a Secretaria de Educação de Urucuia está avaliando, junto à Procuradoria do Município, até quando os funcionários afastados da escola para apuração da suspeita de tentativa de envenenamento dentro do educandário ficarão fora de suas atividades.
A Prefeitura de Urucuia divulgou nota de esclarecimento, na qual informa sobre a suspeita da tentativa de envenenamento dentro da escola cívico-militar municipal e as medidas tomadas pela Secretaria Municipal de Educação e pelo setor jurídico da Municipalidade para apurar a veracidade dos fatos, com o encaminhamento do material recolhido para a perícia da Policia Civil.