João Maria Lopes da Silva, de 60 anos, morreu atropelado por uma motocicleta em Pouso Alegre, no Sul de Minas. O acidente aconteceu na tarde dessa quinta-feira (25/4), em uma avenida movimentada do Bairro São Geraldo.
O idoso foi sepultado nesta sexta (26/4). O motociclista, de 20 anos, fugiu.
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Imagens de câmeras de segurança mostram quando o motociclista empina a moto e passa entre as faixas de trânsito. Ele atropela João, que atravessava a rua. O homem sai com a moto, retorna, vê o que aconteceu e depois foge na garupa de outra moto.
O idoso deixou cinco filhos e dois netos. O genro dele, Fred Costa, afirma que "esse motoqueiro já atropelou duas pessoas antes ao empinar moto. Ele chegou a ser preso e foi solto. Queremos justiça, ele tem que pagar por este crime".
A Polícia Militar (PM) registrou a ocorrência e conduziu para a delegacia outro homem, de 28 anos, que ajudou na fuga. Ele prestou depoimento nesta sexta-feira e foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência. O motociclista que atropelou João foi identificado pela polícia, mas continua foragido.
Quem é a vítima
João era pedreiro e conhecido como Joaquim. O genro e as filhas contam que ele era muito querido e "trabalhou por toda a vida".
"Ele sempre foi um dos melhores pedreiros. Há cerca de um ano, caiu trabalhando, de uma altura de cinco metros e ficou internado. Ele estava andando devagar devido a uma sequela desse acidente", lembra o genro.
As filhas contaram que na semana passada ele se recuperava de dengue. "Nosso pai não adoeceu nos últimos anos, tinha boa saúde e lutou para viver até depois do atropelamento", relatou uma filha.
Elas se referiram a ele ter sofrido parada cardiorrespiratória após o atropelamento e ter "voltado à vida", após a equipe do Samu fazer três tentativas de ressuscitação cardiopulmonar. Ele teve nova parada cardiorrespiratória e faleceu antes de dar entrada no hospital.
Pedido de justiça
A família quer que o motoqueiro seja punido pela Justiça. Fred acrescenta que "esse motoqueiro tem agravante, pois fugiu sem prestar socorro. E já cometeu esse crime antes, já sabemos que ele tem passagens policiais por atropelamento ao empinar moto. Ele tem que pagar pelo que fez, não pode ficar solto."
Entre os pedidos da família está a melhoria da fiscalização no trânsito. Eles pedem que a Polícia Militar volte a realizar a operação que ficou conhecida como Randandan, para combater crimes relacionados às motos.
* Nayara Andery/Especial para o EM