O influenciador Daniel Augusto Bicalho Ferreira Souza, de 31 anos, teve a prisão preventiva confirmada pela Justiça nesta segunda-feira (29/4) durante audiência no Fórum Lafayette, no Bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele é suspeito de simular a venda de dois celulares e, em vez dos aparelhos, entregar blocos de argila. A vítima teve um prejuízo de R$ 13 mil.
Conforme a assessoria do Fórum, a audiência foi encerrada por volta das 15h, e a defesa do acusado já apresentou petição requerendo a liberdade provisória, pedido que ainda será analisado.
Daniel está preso desde a manhã da última quinta-feira (25/4), quando a Polícia Civil (PCMG) cumpriu mandados de busca e apreensão no Bairro Camargos, na Região Oeste da capital. Ele poderá responder pelo crime de extorsão com emprego de arma de fogo.
De acordo com a Polícia Civil, a suposta venda teria sido feita em fevereiro deste ano. A vítima descobriu um anúncio feito pelo suspeito na internet, onde ele anunciava a venda dos dois celulares do modelo iPhone 15 Pro Max. A mulher marcou um encontro com o rapaz e, quando chegou ao local e pediu para conferir os aparelhos, foi ameaçada.
A vítima, a turismóloga Rosi Franco, fez a transferência, e o suspeito deixou o local. Ao conferir o que estava dentro das caixas, ela percebeu que tinha caído em um golpe. No lugar dos aparelhos estavam dois moldes de argila, no formato dos celulares.
"No anúncio que encontramos na internet constava uma promoção em que um aparelho custaria R$ 7,5 mil, e, levando dois, cada um sairia por R$ 6,5 mil. Eu e meu marido achamos o preço muito bom, mas, antes de comprar, começamos a pesquisar quem era ele (Daniel). Achamos um perfil no Instagram com 300 mil seguidores, vimos que era um influenciador e tivemos confiança em continuar com o processo", contou.
O casal, então, contou que foi ao condomínio onde ele mora para buscar os aparelhos. Conforme o relato, Daniel entregou duas caixas lacradas e se incomodou com a tentativa da mulher e de seu companheiro de conferir os equipamentos. "Ele avisou que estava armado e que não era para abrir, pois estava tudo certo e que era para fazermos o pagamento de R$ 13 mil via pix. Ele esperou a transferência ser concluída e foi para dentro do prédio", explicou.
A reportagem não conseguiu localizar os contatos das duas advogadas de defesa citadas no processo. As profissionais não têm número de telefone registrado no Cadastro Nacional dos Advogados (CNA), que é mantido pelo Conselho Federal da OAB. O espaço segue aberto para manifestações.