Os delegados Otávio Barletta de Almeida e João Prata, do investigador Joelson Dutra -  (crédito: Ivan Drummond )

Os delegados Otávio Barletta de Almeida e João Prata, do investigador Joelson Dutra

crédito: Ivan Drummond

Quatro integrantes de uma quadrilha especializada em residências de luxo, com idades de 24, 25, e dois de 29 anos, foram presos por policiais da 2ª Delegacia Especializada em Investigação de Furtos e Roubos. Já se sabe que eles roubaram 31 residências, causando um prejuízo de, no mínimo, R$ 2 milhões.

 

Segundo o delegado Gustavo Barletta de Almeida, os crimes aconteceram de junho de 2023 até abril deste ano. Do total de furtos, 20 aconteceram em Belo Horizonte, nos bairros Cidade Nova, Mangabeiras, Sion, Comiteco e Pampulha. No interior, em Itaúna, Ouro Branco, João Monlevade, Contagem, Carmópolis de Minas e Divinópolis.

 

"A quadrilha tinha, como modus operandi, escolher a residência, observava por um tempo, depois batia companhia e se ninguém atendesse, arrombavam e entravam", conta o delegado Barletta.

 

Outro detalhe, segundo ele, é que um membro do grupo, o primeiro a ser preso, era o especialista em arrombamentos, e foi substituído por outro. "Isso mostra a organização do grupo", diz o delegado.

 

O primeiro a ser preso, em 1º de abril, foi o especialista em arrombamentos, próximo a Petrópolis. Contra ele, havia um mandado de prisão, por homicídio, em 2021, na Região Noroeste de BH.

 

Os outros três foram presos na última semana, depois de invadirem uma residência na Pampulha. "Eles roubaram, pela manhã, uma casa, no Bairro Alípio de Melo. À tarde, foram para esse roubo, na Pampulha", afirma o delegado Barletta.

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A organização da quadrilha, segundo ele, era tanta, que tinha uma residência alugada, em Santa Luzia, na Grande BH, onde guardavam os produtos de furto. "Eles roubavam sempre, joias, roupas, objetos de valor, dinheiro e veículos. Tudo era levado para esta casa, que era uma espécie de bunker", diz o policial.

 

Os carros roubados, segundo ele, eram usados em alguns roubos e em seguida ou eram vendidos, ou dispensados.

 

O delegado Barletta afirma que o primeiro roubo que despertou a atenção da polícia, foi o de quatro residências num mesmo dia, no Réveillon. "Depois descobrimos roubos anteriores. Era o mesmo modus operando".

 

Os carros roubados foram um Mitsubishi e um Citroen C3. E foi este último, o mais importante na identificação dos ladrões. "Esse carro foi vendido. Ele foi localizado, em Betim, e o comprador, indicou, por meio de fotos, os vendedores, que eram os ladrões", conta o delegado Barletta.

 

Um vídeo, também, de um dos ladrões, comprando água mineral, num bar próximo a uma das residências furtadas, também foi decisivo. O ladrão detido próximo a Petrópolis, está preso no Rio de Janeiro. Os outros três estão no Ceresp Gameleira.

 

A polícia agora quer identificar os receptadores, e outros roubos cometidos, ainda não desvendados.