Uma distribuidora clandestina de cachaça saborizada, no hipercentro de Belo Horizonte, na Rua do Acre, nas imediações da rodoviária, foi interditada na manhã desta quarta-feira (10/4) por órgãos de fiscalização, que descartaram centenas de litros de bebidas sem identificação de origem e possivelmente adulteradas, informou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na tarde de hoje.

 

“No estabelecimento fechado pela fiscalização foram encontrados diversos galões de 20 litros com álcool de origem desconhecida, além de equipamentos como suportes para galões de água mineral, que supostamente eram usados para envasamento do líquido em garrafas de 500ml. As garrafas, por sua vez, vinham sem os selos de fiscalização dos órgãos de controle ou com possíveis falsificações de rótulo”, explicou o MPMG em comunicado.

 



 

Amostras apreendidas dos produtos serão encaminhadas para análise química

Eric Bezerra/MPMG

 

Agora, amostras apreendidas dos produtos serão encaminhadas para análise química. Segundo o MP, há suspeita de que se trate do mesmo álcool usado no abastecimento de automóveis. No ano passado, cerca de 400 unidades da cachaça sem selo do Ministério da Agricultura foram apreendidas e descartadas.

 

Leia também: Justiça de MG determina interdição parcial de dois hospitais psiquiátricos

 

Outros quatro estabelecimentos vizinhos foram abordados na ação intitulada “Operação de Proteção às Pessoas em Situação de Rua, Promoção da Saúde e Segurança Pública”. O órgão já havia notificado pela manhã que a operação estava em curso nos comércios da Região Central, nas imediações da Praça Rio Branco. No entanto, os demais locais vistoriados não apresentaram indícios de adulteração de bebidas ou venda de produtos sem origem identificada.

 

“A venda de coquetéis à base de cachaça é comum nos bares do centro de Belo Horizonte. A bebida saborizada costuma ser vendida em pequenas garrafas plásticas a preços muito baixos, o que atrai pessoas em situação de rua para o consumo”, completou o MP, destacando que a “suposta adulteração vinha provocando danos severos à saúde desta população”.

 

 

 

 

compartilhe