O médico, de 37 anos, flagrado masturbando um paciente na Unidade de Pronto Atendimento São Benedito, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi suspenso da empresa onde trabalhava. A instituição, que possui sede em São Paulo e filial em Minas Gerais, presta serviços para a Prefeitura de Santa Luzia. A ocorrência aconteceu no fim da tarde de sexta-feira (15/4).
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De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima, de 22 anos, chegou à UPA reclamando de dores e esperou pelo atendimento por mais de três horas. Quando foi chamado, o médico o levou para um consultório e fechou a porta. O profissional teria dito que faria alguns exames e começou apalpando as pernas, abdômen e virilha do paciente.
Em seguida, o jovem foi encaminhado para outro consultório e, novamente com a porta fechada, o médico teria mandado que ele abaixasse a calça. Ainda segundo o registro policial, o especialista começou a apalpar a genitália da vítima dizendo que iria passar uma pomada.
O paciente estranhou, mas o médico disse que era um procedimento padrão que ele utilizava. Em determinado momento, o médico começou a masturbar o jovem. O paciente reclamou e o barulho alertou uma funcionária da unidade de saúde, que olhou por debaixo da porta e viu o abuso. Com a reação do paciente, o médico abriu a porta e fugiu correndo da UPA.
Por meio de nota, a MedPlus afirmou que a denúncia de que o funcionário é suspeito de importunação sexual foi tida com “surpresa e repúdio”. A empresa afirma que quando o profissional se cadastrou para prestar serviços, em outubro de 2023, “não havia restrição ao seu nome ou à sua conduta junto aos Conselhos de Classe”.
“Ao tomar conhecimento da denúncia, o contrato do profissional foi imediatamente suspenso. A empresa repudia atos como estes e reitera o compromisso com a ética e profissionalismo nos serviços médicos que presta”, informou a MedPlus.
Reincidente
Em 31 de outubro do ano passado, o mesmo médico flagrado masturbando o paciente em Santa Luzia, foi detido por ser suspeito de abusar sexualmente de outras cinco pessoas. Os crimes aconteceram nas cidades de Cláudio, São Sebastião do Oeste, Nova Serrana e Divinópolis.
Na época, Diógenes Caldas, delegado responsável pelo caso, explicou que as investigações tiveram início em maio de 2023, depois que uma das vítimas procurou a delegacia para registrar a ocorrência. O suspeito ficou preso por dois meses, mas teve a prisão revogada pela justiça.