O motorista de aplicativo Marcelo César de Oliveira foi preso preventivamente nesta quarta-feira (17/4) após agredir a ex-companheira, Cleide Dionisio, de 42 anos, com uma barra de ferro. A agressão ocorreu no último sábado (13/4), no no Bairro Madre Gertrudes, na Região Oeste da capital mineira. Cleide está internada no Hospital Odilon Behrens.

 

O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), estando o inquérito presidido pela delegada Ana Luiza Abreu, que diz que ainda não foi definido o artigo que o agressor será enquadrado. Mas a tendência é que seja por tentativa de feminicídio.

 




“O autor, Marcelo, foi à delegacia, para se entregar, mas não sabia que havia um mandado de preventiva contra ele, por isso, está preso”, diz a delegada Ana Luiza.

 

Ao ser interrogado, segundo ela, Oliveira alegou que deve ter sofrido um "apagão", pois não se recordava das agressões. “No entanto, o motorista de aplicativo disse que tinha sido ameaçado pelo atual companheiro de Cleide, e que por isso, mantinha uma barra de ferro no carro”, contou a delegada.

 

Ainda em seu depoimento, o motorista de aplicativo disse ter ido fazer uma corrida próximo ao local de trabalho de sua ex-companheira, e que depois disso, não se recorda de mais nada.

 

Existe, segundo a delegada, uma denúncia feita por Cleide, contra Oliveira, anterior à agressão ocorrida no último sábado. Isso, segundo ela, vai contra uma afirmação de Oliveira, de que ele estava sendo traído pela ex-companheira. “Não há provas disso”, disse a delegada.

 

Alguns detalhes põem em suspeita a argumentação do motorista de aplicativo. “Eles estavam separados há cinco meses. Somente depois disso ela teve um novo namorado. Além disso, ele esteve na casa dela e retirou móveis e aparelhos elétricos, que afirma terem sido adquiridos por ele, com seu dinheiro”, diz a delegada. A retirada dos móveis confirmaria a separação.

 

“Cleide tem a medida protetiva. Ela está com um dos pulsos fraturados e tem hematomas por quase todo o corpo. Segue internada, mas não corre risco de morte”, diz a delegada.

 

A barra de ferro, segundo a delegada, está em poder da Polícia Civil. “O motorista afirma que jogou a arma do crime no Ribeirão Arrudas, no entanto, ela nos foi entregue por uma testemunha. Foi encaminhada para a perícia.

 

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