Lupita, a cachorra que fugiu de clínica veterinária, no Bairro Ipiranga, Região Nordeste de Belo Horizonte, nessa quarta-feira (17/4) pela manhã, foi encontrada nesta quinta (18/4), por volta das 11h, na Avenida José Cleto.
A cachorra fugiu ao se soltar da coleira enquanto os profissionais tentavam tirá-la do carro que a transportava para realizar um tratamento de banho. Quando o motorista estacionou o veículo para descer o animal, que é mais arisco, ela tentou avançar nele, assustando-o. Por causa do susto, o condutor soltou a guia e ela acabou correndo para longe e ele não conseguiu acompanhá-la.
A tutora, Olga Campos, conta que por volta das 10h30 desta quinta, uma mulher que tinha visto um dos posts da mobilização feita por ela nas redes sociais e grupos de WhatsApp reconheceu Lupita na Avenida José Cleto, no Bairro Palmares, Região Nordeste, próximo a uma padaria. Isso aconteceu por volta das 7h30, no entanto, a mulher só conseguiu avisar aos tutores às 10h30.
Assim que recebeu a ligação, Olga comenta que Leopoldo Maia, também tutor do animal, saiu de casa, e quando chegou ao local, a reconheceu. "Quando ele a abordou ela estava muito assustada e fugiu dele, mas conseguiu capturá-la".
O veterinário Francisco Pinto também foi informado sobre o achado e foi até a via prestar assistência e auxiliar na captura da cachorra. "O veterinário foi à rua fazer a primeira avaliação dela, para checar se estava ferida, e se ofereceu para fazer o tratamento vitalício de Lupita".
Lupita apresentava ferimentos leves nas patas quando foi encontrada, em razão das distâncias percorridas, mas segundo a tutora, Francisco prescreveu os medicamentos necessários para dor e um anti-inflamatório. Além disso, ela destaca que houve dificuldade em ambientar o animal em casa novamente.
O reencontro
Olga Campos relembra que, quando recebeu a informação, ela e Leo dividiram as tarefas. Enquanto ele foi verificar se realmente era Lupita, ela ficou em casa monitorando as mensagens que chegavam por meio das publicações divulgadas nas redes sociais.
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"Quando o Leo chegou e viu que era ela, me ligou e eu caí no choro, foi um alívio. Logo depois eu peguei um Uber e fui até eles. Foram quase 24h de desespero, a sensação de encontrá-la foi como acordar de um pesadelo".
Olga alega que desde o desaparecimento, a clínica não entrou em contato direto com os tutores, além da assistência prestada por Dr. Francisco, que, segundo a gerência do local, "foi o responsável pela ponte de informação". A tutora ainda afirma que irá judicializar o ocorrido a fim de responsabilizar a clínica.