Fundador da Academia de Letras da PMMG, Edgar deixou quatro filhos e a esposa, Dimeia Soares. A filha mais nova do coronel, Carmen Luiza, e o filho Kayron Luobe, vestidos de branco, leram cartas dedicadas a ele.

 

"Tenho plena certeza de que, hoje, você (Edgar) está em um lugar melhor. Você deixou seu legado para a polícia de Minas e sua família", disse a caçula, rodeada de pessoas, em meio a lágrimas. O filho do coronel também se emocionou durante a leitura da carta de despedida e foi confortado por outras pessoas.

 

 

O salão onde o velório ocorreu estava repleto de coroas de flores enviada em homenagem ao coronel. Dentre os remetentes, estão a Academia de Letras dos Militares e a PMMG.

 



 

Edgar estava internado há duas semanas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de BH.

 

Refém por 12 dias

 

O Coronel Edgar foi um dos principais personagens de uma perseguição a foragidos em Minas Gerais, que durou 12 dias em agosto de 1990. Cinco presos se rebelaram na Penitenciária de Contagem, na Grande BH, e fizeram nove reféns, dentre eles, a capitã Luciene Albuquerque, mulher de Soares, grávida na época.

 

Em ato heroico, o coronel da PMMG se ofereceu para ser trocado de lugar com a mulher e acabou ficando refém por 12 dias, sob a mira de um revólver, que esteve, o tempo todo, apontado para sua cabeça.

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