Em assembleia geral realizada nesta quinta-feira (25/4), membros do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH UFMG+) decidiram rejeitar proposta do governo, apresentada no dia 19 de abril, e manter greve.

 

Marco Antônio Alves, integrante do comando da greve e da diretoria do sindicato, diz que “com essa última proposta já houve um avanço, mas alguns pontos devem ser melhorados.”

 



 

De acordo com ele, a previsão é que uma contraproposta seja elaborada e encaminhada para o governo. Entre os pontos que serão reivindicados, o representante aponta um maior reajuste do salário e melhoria no aumento da progressão entre os diferentes níveis da carreira. As reivindicações ainda não foram formalmente redigidas e enviadas, as informações foram concedidas ao Estado de Minas após a assembleia geral.

 

Proposta do governo e reivindicações

 

Na última proposta de reestruturação das carreiras da Educação, o governo ofereceu recomposição salarial de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. A APUBH avalia a recomposição para o ano que vem como positiva, mas acredita que a porcentagem prevista para o ano de 2026 é baixa. “Nós entendemos que isso não corrige nem a inflação do período de janeiro de 2025 a maio de 2026”, explica.

 

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Outro ponto apresentado pela categoria diz respeito aos auxílios propostos pelo governo. O representante destaca que apesar de ser positivo para os docentes em atuação, aposentados não são contemplados. Foi proposto para que o auxílio-alimentação passasse de R$658 para R$1 mil, o que representa aumento de 51,9%. A assistência à saúde complementar per capita média (auxílio saúde) iria de R$144,38 para cerca de R$215. Além disso, a assistência pré-escolar (auxílio-creche) passaria de R$321 para R$484,90.

 

O aumento concedido com a progressão entre os níveis da carreira também pode ser melhorado com o decorrer do tempo, diz o também professor da UFMG. O governo propôs percentual de 4,5%, o que é satisfatório em relação aos atuais 4%, mas para os anos seguintes, Marco Antônio diz que o sindicato deseja que o aumento chegue a 5%.

 

A categoria também prevê a reivindicação de melhoras no “salário de entrada, com uma reformulação para que os quatro níveis da base sejam condensados em um só, para que tenha um melhor reajuste de salário e seja uma carreira mais atrativa para ingressar.”

 

 *Estagiária sob supervisão da subeditora Fernanda Borges

 

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