Uma manifestação pacífica vai acontecer neste domingo (28/4) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana, às 9h, para pedir justiça pelo caso Joca, o Golden Retriever de 4 anos que morreu durante uma falha no transporte aéreo da Gollog, empresa da companhia aérea Gol, na última segunda-feira (22).
A mobilização foi feita por um grupo de tutores de cachorros da mesma raça que Joca. A presidente do coletivo, Carolina Almeida, conta que foi uma ideia geral e que os tutores estão empenhados em divulgar a data. "Foi uma coisa geral, começamos com a ideia no grupo, somos mais de 300 tutores de Goldens".
A tutora comenta sobre a indignação do grupo sobre o ocorrido. Joca deveria ser levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), onde seu tutor o aguardava, mas foi parar em Fortaleza. Após a constatação do erro no destino do animal, ele retornou a Guarulhos, mas chegou morto no aeroporto em São Paulo. "Estamos todos horrorizados pelo o que aconteceu, somos apaixonados pelos nossos cachorros e por isso, nos identificamos com a situação. Os cachorros grandes, normalmente não são aceitos em voos e o tutor fica sujeito a ter que colocá-los num bagageiro e confiar no serviço de voo".
O protesto tem como objetivo pedir justiça pela morte de Joca. "Queremos chamar atenção para o caso, porque alguma coisa precisa ser feita". A divulgação do encontro está sendo feita por meio das redes sociais e da #JustiçapeloJoca, e convida o público a levar seus pets e se juntar ao movimento.
Relembre o caso
O consumidor João Fantazzini contratou a companhia aérea LOLLOG para transportar seu cachorro, Joca, de Guarulhos para Sinop (MT). No entanto, devido a um erro operacional, a companhia enviou o animal para Fortaleza e o devolveu morto ao seu tutor. Um atestado veterinário, fornecido previamente à companhia aérea, assegurava que Joca suportaria uma viagem planejada de duas horas e meia. Contudo, o erro de destino fez com que o animal ficasse quase oito horas no voo, sob a responsabilidade da empresa.
A família acusa a Gol de negligência. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Marcia Martin, mãe do tutor do animal, diz que a empresa não chamou nenhum veterinário para avaliar o cão. A família também diz que Joca teria sido deixado dentro do canil, na pista, sob o sol.
Em nota, a companhia informou que houve "uma falha operacional" no transporte do animal e disse lamentar o ocorrido. A empresa também afirmou que o cão recebeu cuidados, mas, "infelizmente, logo após o pouso do voo em Guarulhos, vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal". Em resposta ao incidente, a Gol suspendeu a venda do serviço de transporte de animais no porão por um mês e ofereceu aos clientes afetados a opção de reembolso total ou reagendamento da viagem sem custos adicionais. A empresa ainda ressaltou que é possível transportar bichos de estimação na cabine.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice