A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Superintendência do Ministério do Trabalho de Minas Gerais se reuniram nesta quinta-feira (25/4) com a Litoral Med Serviços Médicos Ltda, empresa que presta serviços para o Samu da capital, para discutir reivindicações apresentadas pelos motoristas do setor. Na terça (23/4), os funcionários fizeram uma manifestação no Centro da cidade. Ameaçados de demissão e com cortes drásticos no salário, eles cobram um canal de diálogo com a empresa que venceu a licitação do serviço.


Na última semana, os motoristas discutiram a possibilidade de greve. A ameaça começou depois que a empresa sugeriu corte no salário e benefícios da categoria. De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais, a Litoral Med ameaçou demitir parte dos funcionalismo e também cortar os salários dos servidores em quase 40%, além dos benefícios como planos de saúde, odontológico, vale-refeição e cesta básica.

 

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Por meio de nota, o Executivo municipal afirmou que, durante o encontro desta quinta, a Secretaria Municipal de Saúde reiterou a necessidade de manutenção da qualidade dos serviços prestados. Além disso, de acordo com a pasta, foi reforçada a demanda dos funcionários de concessão do vale-alimentação.

 



 

"Cabe reforçar que a Litoral Med Serviços Médicos Ltda venceu licitação para prestação de serviços do SAMU, envolvendo a disponibilização de profissionais motoristas, higienização e guarda dos veículos, além de manutenção preventiva e corretiva. Todas as questões trabalhistas são de responsabilidade da empresa vencedora da licitação com seus funcionários, envolvendo também o sindicato da categoria", informou a PBH.

 

 

Carlos Calazans, superintendente regional do Trabalho, afirmou que a nova proposta salarial da empresa é incondizente com a importância da função exercida pelos trabalhadores. De acordo com ele, a Litoral Med pretende reduzir o salário dos motoristas em R$ 1.400, passando de R$ 3.200 para R$ 1.800. “A empresa ameaça demitir e contratar novos funcionários, sem treinamento e experiência. Não podemos aceitar. Estou acionando o MP para não permitir isso.”

 

A reportagem procurou a Litoral Med, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.

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