A Missa do Trabalhador reuniu centenas de pessoas na manhã desta quarta-feira em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A celebração, realizada desde 1976, é uma homenagem a São José Operário, padroeiro dos trabalhadores, e reúne todos os anos, na Praça da Cemig, no Bairro Cidade Industrial, dezenas de pessoas e movimentos sociais.
“Nós celebramos o dia do trabalhador e da trabalhadora no dia 1º de maio. Na verdade, nós celebramos o dia de luta de classe dos trabalhadores e das trabalhadoras. E a igreja se une a todas e a todos neste dia para elevar a Deus uma prece, principalmente buscando realizar, através da fé, uma parceria nesta luta, através da oração, para que todos e todas tenham seus direitos, cada vez mais assegurados e garantidos”, afirmou o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte para a Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (RENSA), dom Nivaldo dos Santos Ferreira.
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Dom Nivaldo, defendeu o respeito aos direitos dos trabalhadores, “principalmente pelas suas jornadas de trabalho e suas remunerações”. “A nossa presença é uma presença solidária, fraterna, em busca da justiça e da paz, pela escuta da Santa Palavra de Deus, olhando para o testemunho belíssimo de José, o carpinteiro, que fez com que seu filho pudesse crescer e realizar o trabalho da salvação do mundo, nosso Senhor Jesus Cristo”, afirmou o bispo se referindo ao santo protetor, cuja data é celebrada desde 1955, quando o Papa Pio XII instituiu a comemoração de São José Operário para o mesmo dia em que é celebrado o Dia do Trabalhador em vários países do mundo.
No local da celebração, entidades sindicais afixaram faixas e cartazes pedindo melhorias salariais. Os movimentos sociais também marcaram presença com manifestações de protesto contra o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho e em defesa da não privatização das estatais mineiras.