Após assembleia realizada nesta terça-feira (7/5) com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), os servidores dos Hospitais das Clínicas de Belo Horizonte, Juiz de Fora, na Zona da Mata, Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, decidem manter a greve. A classe pede por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Estão paralisados 50% dos profissionais assistenciais e todos os servidores dos setores administrativos.
Inicialmente, a classe pediu por um aumento salarial de 14,07% e vale-alimentação no valor de R$ 1.465, entre outras medidas. Na segunda-feira (6/5), a empresa administradora apresentou uma proposta à categoria: 3,09% sobre os salários e benefícios, exceto alimentação; 20,58% de reajuste no vale-alimentação; 100%% do INPC para o próximo período sobre salários e benefícios; manutenção dos 38 itens sociais já aceitos; e instituição de GT paritário para criar um plano de recomposição salarial.
Segundo o coordenador do Núcleo Central de Minas do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Minas Gerais (Sindsep-MG), José de Arimatéia Leite de Menezes, a categoria enviou, nesta manhã, uma contraproposta que deve ser avaliada pela administradora até quarta-feira (8/5).
No texto, a classe pede por auxílio alimentação de R$ 1.200, reajuste do plano de saúde, abono do ponto no período de greve e instituição do GT paritário para discussão de recomposição salarial e com participação de representantes do governo, não só da empresa.
Em nota, a EBSERH afirmou que está em diálogo com o Comando Local de Greve em Belo Horizonte. Por estar no momento inicial do movimento, não houve impactos assistenciais, e a situação poderá ser melhor avaliada nas próximas 24 horas, mas os atendimentos de urgência como o pronto-socorro, maternidade, quimioterapia e transplantes não serão impactados.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata