Ciclistas de BH se uniram em ato silencioso na Região Central de BH na noite dessa quarta-feira (15/5) -  (crédito: Marcos Vieira/EM/DA Press)

Ciclistas de BH se uniram em ato silencioso na Região Central de BH na noite dessa quarta-feira (15/5)

crédito: Marcos Vieira/EM/DA Press

Ciclistas de Belo Horizonte realizaram, na noite dessa quarta-feira (15/5), uma homenagem aos colegas mortos e feridos por veículos motorizados nas vias públicas. O “Pedal do Silêncio” ocorre anualmente em todo o mundo e propõe também a paz no trânsito.

 

Esportistas se encontraram às 19h30 no coreto da Praça da Liberdade e saíram às 20h rumo a cinco pontos da região Centro-Sul de BH. O percurso passou pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) e esquina das ruas Guarani e Carijós, no Centro de BH, local onde o ciclista Fabrício Almeida foi morto em 12 de abril.

 

 

Alguns dos esportistas usaram camisa branca com uma tarja vermelha e outra preta. O branco sinaliza a paz no trânsito enquanto a cor preta homenageia os ciclistas mortos e a vermelha os feridos. Velas foram acesas em homenagem às vítimas por atropelamento enquanto praticavam o esporte.

 

Em protesto no Centro de BH, na noite dessa quarta (15/5), ciclistas acenderam velas em homenagem aos colegas que foram vítimas de atropelamento

Em protesto no Centro de BH, na noite dessa quarta (15/5), ciclistas acenderam velas em homenagem aos colegas que foram vítimas de atropelamento

Marcos Vieira/EM/DA Press

 

Caso Fabrício

 

Um dos homenageados no ato foi o artista plástico Fabrício Almeida, de 38 anos, atropelado no dia 12 de abril por um ônibus, no Centro de BH. Ele morreu no dia seguinte devido a uma hemorragia interna e foi sepultado no dia 14. Na semana seguinte ao atropelamento, amigos e ciclistas fizeram um pedal para homenagear a vítima.

 

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está utilizando imagens tridimensionais captadas por um scanner 3D para reconstituir o acidente do ciclista. Na tarde dessa quarta (15/5), antes do protesto, o cruzamento entre a Rua dos Guaranis e Rua dos Carijós, foi fechado por cerca de uma hora para que o equipamento pudesse fazer a captura das imagens. Também foi utilizado um drone para fazer fotos aéreas.

 

 

Esta é a primeira vez que a PCMG utiliza o scanner 3D em uma investigação de crime de trânsito. O uso desta tecnologia é apropriado neste caso uma vez que a perícia não foi feita no momento do acidente, pois o local foi descaracterizado durante o socorro da vítima. A previsão é de que a conclusão da perícia seja feita em 30 dias.

 

Outras vítimas

 

No dia 30 de abril, sete ciclistas foram atropelados em Paraopeba, na Região Central de Minas Gerais, vitimando Thauan Maciel, de 26 anos. Na ocasião, um grupo com 15 ciclistas seguiam trajeto de rotina na BR-040, na altura do quilômetro 428, quando foram atingidos por uma van.

 

 

Sete deles sofreram algum tipo de ferimento, desde escoriações e fraturas. Dois deles tiveram traumatismo cranioencefálico e foram levados ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Thauan era um deles e morreu na unidade. Já o outro ciclista segue internado em recuperação.