Pensionista do IPSEMG está há mais de um ano esperando pagamento do seguro de vida -  (crédito:  Marcos Michelin/EM)

Pensionista do IPSEMG está há mais de um ano esperando pagamento do seguro de vida

crédito: Marcos Michelin/EM

Helena Valle, de 89 anos, tenta, com a ajuda da filha Yara Valle, lidar com as dificuldades em razão da falta de pagamento do seguro de vida do companheiro, que era funcionário da Secretaria da Fazenda, há quase um ano.

 

“Parece que a gente nunca consegue fazer a pressão onde tem que ser feita”, afirma. O pedido foi deferido pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) no ano passado, mas até hoje nada foi feito.


A documentação foi enviada para verificação e o pedido foi aceito em junho de 2023. Mas nada aconteceu e, como consta no próprio site do instituto, a última data de seguro pago foi em dezembro, dos processos deferidos até o dia 25 de maio. Ou seja, em maio deste ano completará um ano da última leva de processos deferidos e pagos. 

 


“As pessoas idosas não dão conta de acompanhar a maneira que os processos são colocados na plataforma, eu ou meu marido que estamos cuidando disso, é desgastante. A gente entra em contato e eles falam que não tem notícia. Esse dinheiro foi descontado todo mês da folha do meu pai, não vai sair deles, isso foi coletado”, explicou Yara.

 

A filha informou que contatou o Ipsemg e a Secretaria da Fazenda, mas ela disse que ambos transferiram a responsabilidade da questão um para o outro. 


Questionados pelo EM, o Ipsemg informou que “tem trabalhado para regularizar a situação e realizar os pagamentos deferidos após a data de 25/05/2023 de forma mais célere possível”. 


A família conta que precisou fazer dívidas para o tratamento de Guatémoc Valle, marido de Helena e pai de Yara, pois o salário não era o suficiente, mas elas imaginaram que poderiam quitar com o dinheiro do seguro.

 

“Eu tenho esperança de que algo possa ser feito, Yara tem trabalhado muito e é muito frustrante essa situação. Herdamos dívidas, algumas foram adiadas e outras estão sendo pagas. Yara chegou a vender o carro, é um aperto desnecessário”, Helena disse. 


Frustradas e sem saber como resolver o problema, mãe e filha não puderam sequer encarar o luto. “A minha mãe tem o direito de receber esse dinheiro, o Ipsemg está procrastinando isso. Já estamos sem energia para correr atrás desse problema”, ressaltou a filha.