Ao todo, 99 mandados de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Pará -  (crédito: Reprodução / Wikimidia Commons)

Ao todo, 99 mandados de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Pará

crédito: Reprodução / Wikimidia Commons

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e a do Amazonas deflagram a Operação Rota do Rio, nesta terça-feira (21/5). Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços ligados à facção criminosa Comando Vermelho (CV).

 

O objetivo é desmantelar uma das principais estruturas de fornecimento de drogas em atacado. Ao todo, 99 mandados de busca e apreensão domiciliar estão sendo cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Pará. O número de prisões ainda não foi divulgado pela Polícia Civil e deve sair ainda hoje.


Investigações realizadas com apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra) apontaram os estados alvos como parte da rota usada para levar as drogas do Amazonas até o Rio de Janeiro. No fluxo contrário, do Rio de Janeiro até o Amazonas, é levado o dinheiro para pagar os fornecedores do mercado atacadista de drogas. 

 

 


A rota é uma das estratégias para maquiar a origem do dinheiro. Outra estratégia é a realização de pagamentos de forma pulverizada a diversas pessoas. Segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, um dos beneficiários desses recebimentos é um frigorífico no Amazonas, cujo dono é ex-prefeito de um município do estado. Em um período de dois anos a organização movimentou cerca de R$ 30 milhões em recursos ilícitos. 


Alguns dos mandados tem como endereço o interior das comunidades Fallet, Fogueteiro e endereços na Zona Sul do Rio de Janeiro como Ipanema, Arpoador, Copacabana, Barra da Tijuca, Catete, Recreio e cidades do estado do Rio de Janeiro, como Cabo Frio e Búzios.

 


A operação pretende conseguir provas por meio do confisco de bens móveis e imóveis relacionados às atividades do tráfico, a fim de desarticular o arcabouço financeiro que financia as atividades da facção criminosa. A “Rota do Rio” descobriu que tanto as drogas vendidas nas comunidades quanto nos centros do Rio de Janeiro têm a mesma origem e o mesmo fornecedor.