Empresa de Juiz de Fora é suspeita de ter aplicado golpe em cerca de 200 pessoas na Zona da Mata -  (crédito: Reprodução / Google Street View)

Empresa de Juiz de Fora é suspeita de ter aplicado golpe em cerca de 200 pessoas na Zona da Mata

crédito: Reprodução / Google Street View
A Polícia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, está investigando um possível caso de estelionato envolvendo a empresa Festeja Kids, uma casa de festas infantis que encerrou suas atividades de forma abrupta no último sábado (18/5). 
 
Diversas famílias que contrataram os serviços da empresa, realizando pagamentos integrais ou parciais para comemorações de aniversários, estão agora sem a expectativa de receber os serviços contratados ou o reembolso do valor empregado.
 
O Estado de Minas fez contato com a defesa da Festeja Kids, mas ainda não obteve retorno. Em um comunicado divulgado aos clientes, a empresa afirmou que se encontra em "situação de total e completa insolvência financeira", mas garantiu que iria reembolsar todos os que se sentirem lesados. 
 
 
No entanto, a falta de clareza sobre os prazos e procedimentos para a devolução dos valores tem deixado os clientes preocupados e sem uma solução imediata.
 
 

PC pede para vítimas denunciarem casa de festas

 
O caso está sob a responsabilidade da delegada Bianca Mondaini, que está liderando a investigação. Ela orienta todas as vítimas a registrarem a ocorrência em algum posto da Polícia Militar e a comparecerem à 5ª Delegacia de Polícia, localizada no Bairro de Lourdes, para formalizar a denúncia. "É importante que todas as vítimas registrem a ocorrência para que possamos ter uma dimensão real do número de prejudicados e avançar nas investigações", afirmou a delegada.
 
Além da atuação da Polícia Civil, o Procon de Juiz de Fora também está monitorando a situação. Até o momento, o órgão recebeu uma reclamação formal e está orientando os consumidores lesados a registrarem suas queixas através da plataforma Prefeitura Ágil ou presencialmente na sede do Procon, localizada na Avenida Itamar Franco, 992, no Centro.
 
 
O Procon destacou a importância de formalizar as reclamações para que sejam tomadas as medidas administrativas cabíveis. "Os consumidores têm o direito de buscar ressarcimento e reparação pelos danos sofridos. Estamos acompanhando o caso de perto e oferecendo todo o suporte necessário", declarou o órgão, em nota.
 

Cerca de 200 pessoas foram vítimas do golpe

 
Segundo apurado pela reportagem do EM, na última semana, a Festeja Kids anunciou uma promoção para clientes que fechassem as festas até a última sexta, um dia antes do anúncio da falência. 
 
 
 
Para poder aproveitar a promoção era necessário fazer o envio do dinheiro em pix. O valor era enviado em CPFs de terceiros e não para o CNPJ da empresa. 
 
“Fui fazer uma festa para meu filho de seis anos e paguei R$ 1.800 pelo pix. No sábado, descobri que a empresa estava em falência. O dinheiro nem é o problema. A maior frustração é explicar para o meu filho que não terá mais festa”, relatou a cabeleireira Cristina Vieira, de 38 anos.
 
 
 
A Festeja Kids tem processos na Justiça que foram abertos antes de anunciar falência. São mais de 20 processos em que clientes acusam a empresa de não cumprir o contrato, ou de não ressarcir o dinheiro em caso de cancelamento de festas. 
 
 
Além disso, a empresa tem duas ações de penhora de dinheiro que, juntas, somam mais de R$ 11 mil. A suspeita é que a dona da empresa tenha pedido para os clientes transferirem o dinheiro para CPFs para evitar o bloqueio. Quatro contas da Festeja estão na mira da Justiça.
 
 
A suspeita é que mais de 200 clientes tenham sido lesados.