Publicitária constatou várias transações financeiras que ela não reconhecia, todas relativas a pedidos de corrida -  (crédito:  Marcelo Camargo/Agência Brasil - Imagem meramente ilustrativa)

Publicitária constatou várias transações financeiras que ela não reconhecia, todas relativas a pedidos de corrida

crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Imagem meramente ilustrativa

Uma publicitária de 32 anos de Belo Horizonte registrou um boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia Civil (PCMG), no Barreiro, alegando que sofreu um golpe na Uber. O prejuízo foi de pouco mais de R$ 2 mil, conforme informado pela vítima em entrevista ao Estado de Minas nesta quinta-feira (23/5). Em nota, a Uber disse que não tolera qualquer tipo de fraude e está investigando o caso. 

 

A denúncia foi feita pela usuária do serviço na segunda-feira (20/5), quando o crime de estelionato teria ocorrido durante a madrugada. Na ocasião, conforme o registro policial, os valores debitados indevidamente chegavam a R$ 1,6 mil e aumentaram até que a publicitária conseguisse, enfim, bloquear o cartão junto à instituição bancária.

 

 

 

Segundo conta, pela manhã, pouco depois de acordar, ela constatou várias transações financeiras que não reconhecia, todas relativas a pedidos de corrida. “Tentei entrar no aplicativo e não consegui. A Uber mandou um comunicado informando que meu e-mail de cadastro tinha sido alterado por um dispositivo localizado em Contagem. A partir daí, entendi que ocorreu uma invasão. Liguei para o banco e cancelei o cartão. Além disso, contestei as cobranças, e me foi dado prazo de dez dias úteis para resolver”, explica a vítima, que pediu para não ter o nome publicado.

 

 

Ao recuperar o acesso à conta da Uber, a mulher identificou quatro motoristas, todos com avaliação de cinco estrelas, indicando, possivelmente, que são novos perfis na plataforma. Esses profissionais teriam aceito várias corridas — como se elas tivessem sido solicitadas pela vítima —, que foram pagas por meio de débito em conta, conforme o modo de pagamento cadastrado pela usuária na plataforma.

 

“A maioria das corridas aconteceu dentro de Contagem pela modalidade ‘Uber black’. Todas foram longas, e os motoristas recebiam valores altos de gorjetas, entre R$ 60 e R$ 90. Também ocorreram algumas solicitações em Betim e outra em Belo Horizonte”, finaliza a publicitária, destacando que, além do boletim de ocorrência, fez representação junto à Polícia Civil visando à apuração do caso.

 

Uber emite nota

 

Procurada pela reportagem, a Uber disse que “não tolera qualquer tipo de fraude ou prática abusiva e está investigando o caso relatado”. Leia na íntegra:

 

“Os esquemas de fraude estão em constante evolução e é por isso que a Uber está comprometida em atualizar e fortalecer os seus processos internos para proteger a plataforma e os seus usuários. Nossas equipes de detecção de fraudes usam análises manuais e sistemas automatizados de aprendizado que analisam mais de 600 tipos de sinais diferentes à procura de comportamentos fraudulentos. Estamos permanentemente implementando novos processos e tecnologias para evitar fraudes e aprimoramos o treinamento dos nossos agentes, enquanto seguimos trabalhando para ficar à frente dos golpes mais recentes.

Caso a pessoa acredite ter sido vítima de crime cometido pela outra parte, a empresa encoraja que sejam acionadas as autoridades competentes. A Uber conta com uma equipe formada por ex-policiais e um time de resposta a autoridades prontos a colaborar com as investigações, na forma da lei.”