Soltar pipa perto da rede elétrica pode causar estragos na rede, além de ser perigoso. A recomendação é empinar o brinquedo longe de postes e torres de transmissão -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

Soltar pipa perto da rede elétrica pode causar estragos na rede, além de ser perigoso. A recomendação é empinar o brinquedo longe de postes e torres de transmissão

crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press

Quase 100 mil imóveis em toda Minas Gerais sofreram com queda de energia devido a pipas empinadas perto da rede elétrica apenas nos primeiros quatro meses deste ano, segundo dados divulgados pela Cemig.

 

A empresa alerta que os estragos são ainda maiores quando os papagaios, nome popular para as pipas, são empinados com o uso de linha chilena ou cerol.

 

Segundo a empresa, foram registradas em todo o estado cerca de 458 ocorrências de problemas com a rede elétrica causados por papagaios somente nos quatro primeiros meses deste ano. Apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram cerca de 174 ocorrências, que deixaram 44 mil imóveis sem luz.

 

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No ano de 2023, a empresa registrou 2.837 ocorrências do tipo em todo o estado. 760 mil imóveis ligados à rede elétrica foram afetados.

 

 

Linha da morte


Além de causar transtornos quando soltadas perto da rede elétrica, as pipas com cerol podem provocar acidentes com mortes. Na última quarta-feira (22), um motociclista de 23 anos morreu após ter o pescoço cortado por uma linha chilena enquanto trafegava pela MG-010, em Vespasiano.

 

Empinar pipas com cerol ou linha chilena é crime em Minas Gerais, de acordo com a lei nº 23.515, de 2019.

 

 

O crime também é previsto no Código Penal, com detenção de três meses a um ano.

 

Em Belo Horizonte, um projeto de lei, que deve ser votado em primeiro turno, pretende aumentar a punição para quem comercializa ou utiliza substâncias cortantes nas linhas de pipas. Com a mudança, as multas podem chegar a mais de R$ 11 mil.