Rossimiriam Pereira de Freitas é a segunda mineira a assumir a presidência da Sociedade Brasileira de Química -  (crédito: Arquivo pessoal)

Rossimiriam Pereira de Freitas é a primeira mulher mineira a assumir a presidência da Sociedade Brasileira de Química

crédito: Arquivo pessoal

Natural de Belo Horizonte, a química Rossimiriam Pereira de Freitas assume a presidência da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), uma das mais importantes da América Latina. Essa é a segunda vez, desde a criação do órgão, em 1977, que um mineiro assume a função - mas é a primeira mulher do estado a ocupar a cadeira. Antes da belo-horizontina, apenas outras duas mulheres ocuparam o cargo.

 

“Eu estou muito animada em assumir a presidência da SBQ, muito segura de que eu vou fazer um trabalho legal. Nós temos mil planos. Estamos muito animados, temos um super time e eu tenho certeza de que não vai dar errado”, conta a química, formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Em entrevista ao Estado de Minas, a presidente da SBQ, que também é professora pela mesma instituição em que formou, conta que assumir a posição é muito simbólico para ela. Segundo Freitas, contribuir com uma sociedade do porte da SBQ é muito gratificante, embora seja desafiador.


 

A química entrou na sociedade como diretora em 2012 e assumiu, em 2022, a presidência sucessora, que abre o caminho para assumir a presidência principal da organização. 


“Fui secretária geral durante três anos, é um cargo que executa tudo. Então já havia uma pressão para que eu fosse presidente. Eu tinha aquela síndrome da impostora e tive que vencer isso. Então, quando chegou a hora eu me senti muito segura”, conta.


 

Apesar de já ser esperado, Rossimiriam conta que, no passado, ela nunca imaginava ocupar o cargo e que a conquista é muito importante.


“Não imaginava. Era um mundo muito distante. Sempre compareci aos congressos, mas nunca pensei que seria presidente eleita da SBQ. Em 2011, alguém me disse que precisava de um mineiro na sociedade e disseram que eu tinha um perfil bom, de mediadora. Enfrentei muitos desafios. Eu trabalhei muito com a sociedade”, diz.


 

Além da ascensão da mineira, a equipe atual é composta majoritariamente por mulheres, cenário bem diferente de quando a SBQ foi criada, há quase 50 anos atrás. A organização trabalha pelo fortalecimento de químicos de todo o Brasil, além de dialogar com outros órgãos da ciência e da educação do país.


Para a mineira, que estudou a vida toda em escolas públicas de periferia e se formou no ensino superior por uma universidade federal, o trabalho dela é fruto de uma mobilidade social. De acordo com Rossimiriam, atuar no cargo pela qual foi eleita é uma chance enorme de mudar as pessoas pela educação.