![Djair José Gomes da Silva foi assassinado em setembro de 2011, em Conselheiro Pena - (crédito: Divulgação) Djair José Gomes da Silva foi assassinado em setembro de 2011, em Conselheiro Pena - (crédito: Divulgação)](https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/1200x720/1_mafia_mineira_viuva_e_condenada_por_morte_de_marido_13_anos_depois-37528945.jpeg)
Djair José Gomes da Silva foi assassinado em setembro de 2011, em Conselheiro Pena
Quase 13 anos depois do crime, duas pessoas foram condenadas pelo assassinato de Djair José Gomes da Silva, entre elas, a viúva da vítima. O caso foi julgado nessa terça-feira (28/5), em Belo Horizonte. Ao todo, quatro pessoas foram julgadas e duas pessoas foram absolvidas.
O homicídio ocorreu em setembro de 2011, em Conselheiro Pena, no Vale do Rio Doce. O crime teve a participação de membros ligados à organização criminosa intitulada “A Família”, conhecida como Máfia Mineira. O grupo é composto por fazendeiros, empresários, políticos, policiais militares, policiais civis, agentes penitenciários e civis que praticavam crimes diversos, tais como extorsão, corrupção ativa e passiva, concussão e, especialmente, homicídios em meados de 2011.
Nessa terça-feira, Joana Lourenço Henriques, Fidelcino Pereira de Lima Filho, Fernando da Silva Batista e Geovano Ferreira de Andrade foram julgados, mas apenas Joana e Geovano foram condenados.
No dia do crime, o casal Joana e Djair estava na porta de casa conversando com uma vizinha quando Geovano e um colega, já falecido, se aproximaram e dispararam contra Djair. A vítima foi baleada seis vezes.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a união entre Joana e Djair não ia bem devido ao ciúmes de Joana. Além disso, um integrante da Máfia Mineira, já falecido, determinou a morte de Djair devido a um desentendimento entre os dois no acerto de valores de um frete feito pela vítima.
Dias antes do crime, o integrante do grupo criminoso fez contato com Joana e a apresentou a Geovano e Fernando. Juntos, eles acertaram os detalhes do assassinato.
Ainda de acordo com a denúncia, o policial civil Fidelcino soube antecipadamente do planejamento do crime e não o impediu, nem tentou impedi-lo, além de programar passeio ecológico com toda a equipe da delegacia de polícia para mantê-los afastados da sede da comarca no dia do crime.
No julgamento de ontem, Joana foi condenada a 15 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Geovano foi condenado a 16 anos e seis meses em regime fechado. Os réus Fidelcino e Fernando foram absolvidos.