Uma grave denúncia feita pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Cristina Paiva -  (crédito: Leandro Couri/EM/D. A. Press)

Uma grave denúncia feita pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Cristina Paiva

crédito: Leandro Couri/EM/D. A. Press

Dois dias depois do assassinato do advogado Pedro Cassimiro Queiróz, de 40 anos, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Polícia Civil trabalha com pelo menos três hipóteses sobre a motivação para o crime.


Um detalhe, uma informação que veio da Polícia Militar, se torna importante. O fato de que o local e o horário da morte mostram que o advogado estaria sendo observado pelo matador ou matadores, uma vez que ele foi morto com cerca de 30 tiros.

 

 

O local onde Pedro foi morto se mostra ideal para seu cometimento, segundo um dos militares que esteve na cena do crime, por ser de pouco movimento e que fazia parte da rotina do advogado, que ia a um mesmo restaurante, na Rua Arthur Campos, 41, para almoçar, sempre no mesmo horário. Ele foi morto em frente à garagem do número 31, onde funciona a UBS de Ibirité.

 


Uma outra informação importante foi dada pela advogada Cristina Paiva, conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Ibirité, e presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade. “Denúncias de torturas contra presidiários, violência contra os mesmos, impedimentos de visitas de familiares de presos nos presídios. Essas eram lutas do Dr. Pedro Cassimiro Queiroz”, diz a advogada.


Segundo a Dra Cristina, o advogado tinha feito várias denúncias de maus tratos a presos, dentro de vários presídios. “Ele ia direto a juízes das varas de execução, não só aqui em Ibirité, mas também em outras cidades”.

 


A polícia trabalha ainda com a possibilidade de o crime ter sido cometido por um cliente, ou a mando deste, por uma ação perdida na justiça e que resultou na condenação e ida para o presídio.


Também se investigam relações da vida pessoal do advogado, embora, até o momento, pessoas do convívio dele não tenham dado informações sobre problemas de relacionamento, ou desvios, e mesmo ameaças que tenha recebido.