Atenção senhores passageiros com destino a Vitória (ES) e cidades ao longo da rodovia BR-381, a partir de Belo Horizonte: preparem os olhos para um festival de flores amarelas que enfeitam o caminho e mostram novos tons do outono. Neste mês de maio com temperaturas de verão, a viagem fica mais agradável com a exuberância da “Cosmos sulphureus”, da mesma família botânica da margarida, do girassol e do picão. É ver para se encantar.

 

Nas curvas, nas retas, à beira de barrancos ou perto de córregos, as flores fazem um belo contraste com os dias de céu claro, atraindo a atenção, refrescando a memória. “Essas flores me lembram a infância, o tempo de escola, quando a gente colhia algumas, formava um buquê e levava para a professora”, contou uma mulher durante uma parada para o café, na rodovia federal.

 

Na mesma parada, um motorista contou que a estrada fica mais leve com as flores. “Esse caminho é perigoso, tenso, então esse tom amarelo, que não é ‘sinal de atenção’, acalma o espírito de qualquer um. Pena que há sempre alguém colocando fogo no mato e destruindo a natureza”. Ouvindo a conversa, um colega acrescentou: “Às vezes, levo algumas para minha esposa, mas, infelizmente, chegam murchas.”

 



 

Ornamentais

 

Segundo a bióloga Guadalupe Carvalho, do Jardim Botânico da Fundação de Parques Municipais e Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, as plantas tão vistosas e nativas do México, América Central e Norte da América do Sul são comuns em muitas regiões do planeta, incluindo o Brasil. “São muito ornamentais, bem rústicas, e atraem muitas abelhas, embora não desejáveis em ambientes silvestres por competirem com as espécies nativas”.

 

Guadalupe diz ainda que as flores duram pouco tempo, mas como a planta se dispersa com muita facilidade, há sempre exemplares floridos ao longo do ano.

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