Com ao menos 13 mortes nos presídios José Martinho Drumond e Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, duas etapas da Operação K9 resultaram na apreensão de 145 pontos das drogas sintéticas da família K. A ação foi deflagrada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG),

 



 

Ao todo, foram 250 policiais penais e 12 cães do grupamento especializado envolvidos nas duas etapas da operação, que tinham como finalidade a prevenção e retirada da droga nas unidades prisionais de Minas Gerais. 

 

 

“Temos informações de Inteligência que revelam a recusa dos próprios presos em querer esse tipo de droga circulando nas unidades”, disse o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco. 

 

Em abril, o Depen-MG registrou que as mortes que estão sob investigação geraram suspeitas do uso excessivo desse tipo de substância nas penitenciárias. Logo depois das sete mortes dentro do presídio José Martinho Drumond, dois diretores foram exonerados dos cargos, mas a Sejusp negou a relação com o caso. 


 

Para o advogado criminalista Greg Andrade essa situação ocorre pela "falta de investimento no sistema prisional, de anos de abandono". "E então acontece uma situação grave de um extermínio dentro do sistema prisional, onde sete pessoas morreram em dez dias. E aí simplesmente a secretaria tira da cabeça dois diretores, como se isso fosse resolver o problema, e vão colocar na conta da droga." 

 

 

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que as investigações sobre as mortes em decorrência da droga K ainda seguem em andamento “visando apurar as causas e as circunstâncias das mortes registradas nas unidades prisionais, em Ribeirão das Neves" e esclarece que aguarda a finalização dos laudos da perícia.


* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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