A universitária que foi estuprada em outubro de 2022 no Bairro Canaã, na Região Norte de Belo Horizonte, prestou depoimento contra o suspeito na manhã desta segunda-feira (13/5). Segundo a vítima, o homem havia afirmado que não faria nada com ela, pois “não era nenhum monstro”, antes de cometer o crime.

 

Emocionada, a jovem, que tinha 22 anos quando foi violentada, solicitou a retirada do réu da sala de julgamento nesta segunda (13/5). Ela relatou, virtualmente, que foi abordada quando chegava em casa após voltar da faculdade, quando desceu do ônibus. Para ela, o homem afirmou estar fugindo da polícia e que não faria nada com ela, mas, em seguida, a empurrou para um terreno baldio e a estuprou.

 



 

No local, ele mandou que ela tirasse a roupa, mas ela não concordou. Eles entraram em luta corporal, até que ela foi asfixiada e se lembra apenas de acordar momentos depois. Desmaiada, ela foi estuprada e o agressor tentou matá-la com o cadarço do tênis e com a sua própria blusa, que ainda estavam em volta do pescoço da mulher.

 

Michael Luan da Silva também prestou depoimento em seu julgamento. Ele responde aos crimes de estupro, roubo simples e tentativa de homicídio, já que asfixiou a jovem para estuprá-la. Em depoimento, o criminoso confessou os atos, mas alegou estar “arrependido”.

 

 

O estuprador se defendeu alegando que era dependente químico e que, no dia 5 de outubro de 2022, quando cometeu o crime, ele havia usado drogas. Embora tenha confessado o crime, ele disse não se lembrar de tentar matar a universitária nem de ter roubado seus pertences. Ele informou ter dado um golpe de “mata-leão”, mas que a moça estava viva.

 

Relembre o crime

 

A jovem foi atacada na noite de quarta-feira (5/10) por volta de 22h30, quando voltava da faculdade. Câmeras de um circuito de segurança da rua em que ela circulava flagraram o momento em que um homem a abordou e a arrastou para um lote vago.

 

 

Segundo o boletim de ocorrência, o criminoso segurou a estudante pelo pescoço e afirmou ser traficante para intimidá-la.

 

A universitária relata ter sido esganada até perder a consciência. Momentos depois, acordou com machucados pelo corpo e sem roupas. Ela também teve o celular roubado. Com ajuda de um morador da região, ela conseguiu acionar a PM e fazer a denúncia.

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