As mortes de dois detentos que ocorreram na última semana na Região Metropolitana de Belo Horizonte estão sendo investigadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Segundo a secretaria, não é possível afirmar que os óbitos tenham relação com o uso de drogas da família K.
As drogas K, também conhecidas como K2, K4, K9 ou “spice”, têm alto potencial toxicológico e podem levar, em casos extremos, à morte.
A morte mais recente ocorreu nessa segunda-feira (13), no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Betim. Robson da Silva Melo, de 33 anos, foi encontrado na cela sem sinais vitais. Policiais da penitenciária sentiram a falta depois que o detento não respondeu à contagem dos presos. As investigações do caso estão sendo feitas pela Polícia Civil.
Dias antes, na quinta-feira (9), um detento do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, morreu após ser encontrado imóvel e sem respiração por seus colegas de cela. José Batista Leite, de 69 anos, foi levado para o hospital por policiais penais que, anteriormente, tentaram reanimá-lo, mas não resistiu e morreu.
Segundo a Sejusp, José era portador de hipertensão arterial sistêmica e de doença renal crônica, e fazia hemodiálise três vezes por semana. A direção da unidade prisional instaurou um procedimento interno para apurar o ocorrido.
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Tráfico nos presídios
Mais de 100 pontos da droga K9 foram encontrados em dois presídios da Região Metropolitana de BH durante operação da Sejusp e do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) realizada nos dias 7 e 8 de maio. As inspeções foram feitas no Presídio Inspetor José Martinho Drumond e no Presídio Antônio Dutra Ladeira, ambos em Ribeirão das Neves.
Treze mortes de detentos registradas desde o final do ano passado em penitenciárias das Grande BH acenderam o alerta para o tráfico de drogas da família K entre os presos do estado.
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