Uma equipe de 22 profissionais, da área médica e psicológica, mobilizada pela faculdade mineira Faminas, embarcou nesta sexta-feira (17/5) para o Rio Grande do Sul para atuar na assistência básica aos resgatados das enchentes. Outros oito profissionais embarcarão neste sábado (18). A estratégia, elaborada em parceria com a Defesa Civil de ambos os estados, visa, a princípio, atuar durante 10 dias nas cidades de Venâncio Aires (distrito de Mariante), Candelária, Sinimbú, Sobradinho e Rio Pardo. 


O grupo formado por professores e alunos chega ainda hoje na cidade de Passo Fundo, interior do Rio Grande do Sul, onde serão direcionados para o Retiro Loyola, em Santa Cruz do Sul. De lá, os profissionais serão distribuídos para os locais que exigem demanda. A fim de contribuir de forma multidisciplinar, a ação conta com uma gama de profissionais, sendo eles: coordenadores especializados em psicoterapia - focada na abordagem do luto -, pediatras, ginecologia, gastrologia e infectologia. Além deles, alunos de medicina e psicologia integram a equipe. 




De acordo com o diretor acadêmico da Faminas, Pedro Henrique Menezes, os discentes se tornarão profissionais formados daqui duas semanas e o processo de seleção foi árduo, já que havia um interesse coletivo em fazer parte da missão. “Eles passaram por três testes psicológicos como critério de escolha e depois houve um treinamento intensivo, em que temas como acolhimento e doenças e infecções foram abordados”, revela.  

 

Os discentes são dos cursos de Medicina e Psicologia das unidades de Belo Horizonte e Muriaé

Faminas/ Divulgação

Iniciativa 


A catástrofe no estado gaúcho tem comovido vários setores na busca de promover um suporte para uma população que necessita de itens básicos que vão desde água potável a alimentos não perecíveis. Neste cenário, também surgiram campanhas de arrecadação dentro da Faminas, paralelamente com uma ânsia de atuar imediatamente nos focos dos resgates.  


Pedro relembra que, desde o dia 24 de abril, data em que se iniciaram as enchentes, os profissionais começaram a se mobilizar para atuar no auxílio aos atingidos. Inicialmente, a missão era focada no envio de medicamentos e insumos, mas, ao entrarem em contato com as autoridades do Rio Grande do Sul (Defesa Civil e Secretaria Municipal de Saúde), foram informados que a demanda necessária no momento era de mão de obra. Desde então, iniciaram-se a seleção e o treinamento da equipe de Belo Horizonte e de Muriaé, na Zona da Mata.  


Ainda que em um infeliz cenário, o diretor acadêmico destaca a importância da experiência para os graduandos, que devem ser capazes de “cuidar dos doentes antes da doença”. 

 


“Acredito que o diferencial, em qualquer profissão, mas principalmente na área da saúde, é o conhecimento técnico e a capacidade de entender o outro. Essa missão reforça a necessidade do olhar humano e a importância de entender a dor do outro e solidarizar-se”, compartilha Pedro. 

 


Juliana Ribeiro, gestora de comunicação e marketing da Faminas, reforça que a equipe retorna dia 26, mas espera que a missão seja precursora para outras. “A gente pretende atuar da melhor maneira, como já atuamos aqui. Sempre que for necessário, estaremos dispostos”, comenta. Ela revela também que a missão foi possível devido ao apoio de uma empresa aérea que concedeu as 30 passagens. “ A intenção é que a gente continue fazendo missões com essa parceria. Tem um programa a ser construído”. 

 

A equipe leva consigo equipamentos para atendimento e suporte médico

Faminas/ Divulgação

 

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa

compartilhe