A capital mineira é presenteada com um novo ponto turístico nesta quarta-feira (22/5). O tradicional Edifício Acaiaca inaugura um mirante no 26º andar. Com uma vista panorâmica de 360°, o Mirante Acaiaca convida os belo-horizontinos a “flutuarem” sobre as ruas e avenidas da cidade. Os ingressos para as primeiras visitações já estão à venda e custam R$ 20 (entrada social) e R$ 35 (inteira).


Resultado da parceria entre o Edifício e o Terraço Acaiaca (área multieventos no 25º andar), o espaço é dedicado à contemplação a uma altura de 130 metros, a vista mais alta do epicentro de BH. De lá é possível avistar grandes ícones da história da capital e vislumbrar patrimônios culturais que formam o horizonte, como a Igreja São José e a Praça Sete. 


As primeiras visitas serão em sessões de duas horas cada, sempre às quartas, sextas-feiras, sábados e domingos. Os horários de funcionamento são variados para atender a todas as agendas. Ainda há ingressos disponíveis no Sympla, de sexta (24/5) a domingo (26/5), além de um cardápio com opções de drinks e petiscos vendidos à parte no local. Novas datas serão abertas periodicamente.

 



 

Um dos responsáveis pelo Terraço Acaiaca, Márcio Crivellari conta que a expectativa é que o espaço receba turistas e residentes por muitos anos. “A ideia é receber pessoas e permitir que elas conheçam um pouco do que vivemos e vemos em BH."


O novo projeto faz parte do plano de transformar o edifício em uma espécie de “Empire State mineiro”. Segundo Crivellari, a alusão ao arranha-céu de 102 andares no centro de Manhattan, em Nova York, nasceu de uma brincadeira feita pelo síndico e administrador do condomínio do prédio, Antônio Rocha Miranda. “Da mesma forma que o Empire State é um ícone e uma referência de visitação, o Acaiaca também é um símbolo e está se transformando."


A previsão é de que o mirante seja ambientado com música eletrônica, sax ou banda e iluminação. No entanto, não há datas determinadas. 

 

O mirante possui vista 360º da cidade

Marcos Vieira/EM/D.A Press

 

Políticas do Mirante Acaiaca

- Ao chegar no 26º andar, é necessário apresentar seu ingresso e respeitar a fila (se houver) para entrada. O tempo de permanência é de duas horas por pessoa pagante. Por isso, seja pontual para aproveitar toda a experiência. Em caso de atrasos, não é permitido compensar posteriormente.


- Não é permitido a entrada com nenhum tipo de alimento ou bebida. Pets também não são permitidos pela convenção do condomínio.


- Embora tenha 30 andares, o elevador do edifício chega apenas ao 25º, ou seja, para chegar ao mirante é preciso subir alguns lances de escada.

 

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- Para desfrutar de uma experiência imersiva, é possível levar cadeira de praia, cangas e almofadas para contemplar o céu, o sol, a lua e as luzes da cidade.


Comes e bebes nas alturas

Petiscos industrializados, e bebidas, desde vinhos e cerveja, a refrigerantes, estão presentes no cardápio. Confira as opções e preços abaixo:


Bebidas

Água de coco 200ml - R$ 8,00


Cerveja 269ml - R$ 11,00


Coca-cola 200ml - R$ 6,00


Sucos lata 290ml - R$ 8,00


Petiscos

Amendoim - R$ 9,00


Batata chips - R$ 26,00


Mix de nuts - R$ 24,00


Pipoca cinema - R$ 10,00


Queijo Faixa Azul - R$ 58,00


Salaminho italiano - R$ 30,00


A carta de vinhos varia entre os valores de R$ 85,00 a R$ 95,00. O valor fixo da taça é R$ 25,00. Opções como italiano, argentino e chileno, podem “gourmetizar” o passeio nas alturas.


Outros projetos

Além do mirante, outros projetos estão previstos para serem inaugurados no Acaiaca nos próximos meses, entre eles, um bunker desativado da época da Segunda Guerra Mundial e uma tirolesa que ligará o edifício ao Parque Municipal, outro ponto turístico do Centro de BH. 


“O bunker está em reforma, ainda não está aberto ao público, mas cogita-se nos próximos 60 dias”. Márcio afirma que a tirolesa está prevista no plano diretor da cidade, mas por enquanto, não há previsão. 


A história do Acaiaca

 

Em 1943, o Acaiaca surgiu como uma construção imponente e que permanece icônica até hoje. Localizado no Centro, é considerado por alguns o primeiro arranha-céu de BH, disputando o título com o edifício Ibaté, construído 12 anos antes na Rua São Paulo, com dez andares.


O edifício Acaiaca é reconhecido facilmente pelas efígies indígenas, uma virada para a Rua Espírito Santo e outra para a dos Tamoios, que testemunham o vai e vem da região mais movimentada da cidade há oito décadas. 


O prédio em estilo art déco foi construído pelo empreendedor Redelvim Andrade, natural de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, e projetado pelo genro dele, o arquiteto Luiz Pinto Coelho. Antes de ser Acaiaca, a área era ocupada por uma igreja metodista, construída 38 anos antes.


Após a construção do prédio, o local abrigou lojas luxuosas, boates e a primeira sede da extinta TV Itacolomi, dos Diários Associados, primeira emissora mineira, inaugurada em 1955. Além disso, o famoso cinema de rua do edifício, que hoje funciona como igreja evangélica, era ponto de entretenimento para os belo-horizontinos. 


O nome do prédio também ressalta traços da história. A palavra acaiaca vem de uma lenda indígena. Nas proximidades do Arraial do Tejuco, atual Diamantina, havia um povo indígena que “venerava” um frondoso cedro, chamado de acaiaca. A história passada de geração em geração dava conta que, no começo do mundo, o Rio Jequitinhonha transbordou, inundando tudo. Apenas um casal sobreviveu, subindo na árvore para se proteger. Depois que as águas baixaram a Terra foi povoada. 


*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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