Os perfis oficiais do Atlético e do Galo na Base se manifestaram nas redes sociais sobre a chacina que assassinou Heitor Felipe, atleta do clube que iniciava sua história no esporte, no dia do seu aniversário de 9 anos. A tragédia aconteceu na noite dessa quinta-feira (23/5), em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.




 

“É com muita dor que todos no Galo lamentam profundamente a perda trágica de Heitor Felipe, aos 9 anos, na noite de ontem (23), em Ribeirão das Neves, na Grande BH, vítima de homicídio durante a festa de seu aniversário. O jovem foi atleta do clube na iniciação (categorias abaixo de 14 anos), era acompanhado e participava de treinos mensais. Nossos sinceros sentimentos aos familiares e amigos. Descanse em paz, Heitor”, escreveram no Instagram. 


 

Heitor fazia parte da categoria de base do Atlético e sonhava em ser jogador de futebol profissional. Nas redes sociais, o menino compartilhava sua trajetória e afirmava que não iria desistir do sonho de ser atleta.


A tragédia 


Dois homens armados invadiram a festa de aniversário de Heitor Felipe, que comemorava apenas 9 anos, nessa quinta-feira (23/5) em Ribeirão das Neves. 


 

Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PM), o alvo dos tiros era Felipe Moreira, pai de Heitor, de 26 anos. A tragédia tem relação com o envolvimento do homem com o tráfico de drogas na região. Informações do boletim de ocorrência afirmam que Felipe e a família estavam recebendo ameaças de morte há pelo menos três meses.


 

Ainda segundo o boletim, os líderes do tráfico em Bela Vista queriam que o pai do menino comercializasse entorpecentes fornecidos por eles, mas o homem já tinha um fornecedor e não queria fechar a parceria com os traficantes do bairro.


Felipe foi baleado doze vezes, e Heitor, que sonhava em ser jogador de futebol, foi acertado quatro vezes pela arma de fogo. Eles morreram, assim como a prima, que tinha apenas 11 anos.


Em um vídeo que circula nas redes sociais, a mãe de Heitor aparece desolada ao lado do corpo do filho. Com alguém no celular, a mulher, de 27 anos, fala: “Acabaram com a minha vida. Mataram meu filho, minha sobrinha”.


 

Um dos suspeitos, de 23 anos, deu entrada na UPA com disparos de arma no joelho, tórax e quadril, horas depois do crime, e foi reconhecido por testemunhas. O homem, transferido para o Hospital Municipal de Contagem, segue internado sob escolta policial. A polícia acredita que ele foi atingido pelo próprio parceiro do crime.

 

O segundo suspeito, de 26 anos, ainda não foi localizado. A polícia segue em rastreamento.

 

* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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