O início das obras da segunda linha de metrô da capital mineira está previsto para setembro de 2024. A informação foi divulgada nesta terça-feira (28/5) em evento da Metrô BH em parceria com o governo de Minas Gerais. A princípio, a empresa do Grupo Comporte havia divulgado que o começo das atividades seria em maio deste ano.




 

Atualmente, o projeto de ampliação do transporte metroviário da capital mineira está em fase de licenciamento ambiental. No dia 14 de maio, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) adiantou ao Estado de Minas que o processo deve ser finalizado até o fim deste mês. “Nosso prazo legal de análise para este tipo de processo é de seis meses. Ou seja, estamos tratando com toda a prioridade, com a vistoria realizada praticamente um mês depois da formalização do processo junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam)”, afirmou a secretária da Semad, Marília Melo, por meio de nota.


Para realização das obras de construção da nova linha, que vai ligar o Barreiro à linha 1, no Bairro Nova Suíssa, cerca de 300 imóveis na região precisarão ser desocupados. Conforme a Metrô BH, as edificações a serem removidas foram construídas “por meio de invasão”. 


Promessa da linha 2 


As obras, conforme anunciado anteriormente pela concessionária, deverão começar pela estação Nova Suíssa, na Região Oeste de BH. A construção entre as estações Gameleira e Calafate, da linha 1, foi iniciada em 2004, mas acabou paralisada por falta de verbas. No novo traçado, determinado no edital de privatização do modal, serão 10,5 quilômetros de linha até a região do Barreiro, com sete estações: Nova Suíssa, Amazonas, Salgado Filho, Vista Alegre, Ferrugem, M. Vallourec e Barreiro.


A construção da linha 2 do metrô de BH é um sonho e uma demanda antiga para a cidade e a Região Metropolitana. Entre alguns anúncios, projetos e promessas passadas, já se passaram mais de 20 anos de estagnação. Em 2020, o então presidente da República Jair Bolsonaro (PL) anunciou a viabilização da construção da linha 2, por R$ 1,2 bilhão. Menos de 24 horas depois, entretanto, o ministro da Infraestrutura e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), informou a desistência do governo de fazer investimento, após conversas com o Ministério da Economia.


Agora, estão previstos investimentos na casa dos R$ 3,9 bilhões para as obras. O contrato prevê o início das operações da linha 2 até março de 2029. Para a sequência das obras, cerca de 250 edificações construídas de forma irregular nas áreas destinadas à nova linha serão desocupadas, e negociações já em andamento, por meio de reuniões com lideranças, cadastro socieconômico dos moradores e avaliação dos imóveis, em linha com a resolução do Conselho Municipal de Habitação.


O edital de privatização também prevê uma série de reformas nas 19 estações da linha 1, a partir da estação Vilarinho, na Região de Venda Nova, até a Eldorado, em Contagem, vizinha da capital. Entre as exigências estão a compra de novos trens equipados com ar-condicionado e diversas atualizações tecnológicas de sistemas, como os de controle e segurança dos trens, via permanente, iluminação e hidráulico. Estão previstos ainda banheiros com acessibilidade em todas as estações.

 

* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata 

compartilhe