Quase 13 anos depois do crime, duas pessoas foram condenadas pelo assassinato de Djair José Gomes da Silva, entre elas, a viúva da vítima. O caso foi julgado nessa terça-feira (28/5), em Belo Horizonte. Ao todo, quatro pessoas foram julgadas e duas pessoas foram absolvidas.

 

O homicídio ocorreu em setembro de 2011, em Conselheiro Pena, no Vale do Rio Doce. O crime teve a participação de membros ligados à organização criminosa intitulada “A Família”, conhecida como Máfia Mineira. O grupo é composto por fazendeiros, empresários, políticos, policiais militares, policiais civis, agentes penitenciários e civis que praticavam crimes diversos, tais como extorsão, corrupção ativa e passiva, concussão e, especialmente, homicídios em meados de 2011.

 

 

Nessa terça-feira, Joana Lourenço Henriques, Fidelcino Pereira de Lima Filho, Fernando da Silva Batista e Geovano Ferreira de Andrade foram julgados, mas apenas Joana e Geovano foram condenados.

 

No dia do crime, o casal Joana e Djair estava na porta de casa conversando com uma vizinha quando Geovano e um colega, já falecido, se aproximaram e dispararam contra Djair. A vítima foi baleada seis vezes.

 



 

Segundo a denúncia do Ministério Público, a união entre Joana e Djair não ia bem devido ao ciúmes de Joana. Além disso, um integrante da Máfia Mineira, já falecido, determinou a morte de Djair devido a um desentendimento entre os dois no acerto de valores de um frete feito pela vítima.

 

Dias antes do crime, o integrante do grupo criminoso fez contato com Joana e a apresentou a Geovano e Fernando. Juntos, eles acertaram os detalhes do assassinato.

 

 

Ainda de acordo com a denúncia, o policial civil Fidelcino soube antecipadamente do planejamento do crime e não o impediu, nem tentou impedi-lo, além de programar passeio ecológico com toda a equipe da delegacia de polícia para mantê-los afastados da sede da comarca no dia do crime.

 

No julgamento de ontem, Joana foi condenada a 15 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Geovano foi condenado a 16 anos e seis meses em regime fechado. Os réus Fidelcino e Fernando foram absolvidos.

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