O Grupo Lider, proprietário da Concessionária Mila, onde o atendente Alexandre dos Santos Queiros foi assassinado a tiros nessa terça-feira, afirmou em nota que o suspeito preso pelo crime nunca foi cliente da empresa. O Líder diz ainda que desconhece qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas do grupo que sempre prezam pela boa conduta.

 

“Desde o primeiro momento, os funcionários da concessionária que presenciaram o fato estão colaborando com as investigações”.

 

Na nota, o grupo ainda se solidarizou com os familiares e amigos da vítima. “Cabe ressaltar que o funcionário de longa data da Concessionária, até então, sempre cumpriu com afinco as funções a ele atribuídas”.

 

Leia a nota completa

 

"O Grupo Lider, proprietário da Concessionária Mila, se solidariza com os familiares e amigos do colaborador Alexandre Santos Queiroz, que, infelizmente, foi alvejado por disparos de arma de fogo, dentro das instalações da concessionária, enquanto trabalhava, na tarde desta terça-feira.

 

Cabe ressaltar que o funcionário de longa data da Concessionária, até então, sempre cumpriu com afinco as funções a ele atribuídas.

 

Sobre o autor dos disparos, cujo nome consta nas investigações e no boletim de ocorrência, o mesmo nunca foi cliente da Mila e desconhecemos qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas da empresa que sempre prezam pela boa conduta.

 

Desde o primeiro momento, os funcionários da concessionária que presenciaram o fato estão colaborando com as investigações."

 

Como tudo aconteceu

 

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Alexandre foi baleado na tarde dessa terça-feira (28/5). A vítima foi atingida por cinco disparos, sendo dois no rosto e três nas costas. O suspeito foi preso horas depois do crime, quando fugia.

 



 

À Polícia Militar, Marcelio Lima de Barros informou que em 2022 levou seu carro até a concessionária para resolver um problema na “bomba d’água”. Na ocasião, a vítima lhe passou um orçamento de R$ 3 mil para reparos. Uma semana depois da manutenção, outro problema teria aparecido no veículo, após uma tempestade. Ao procurar a vítima, o autor teria alegado que foi tratado de maneira “grosseira e arrogante” e, por isso, resolveu procurar outro fornecedor de serviço, que lhe cobrou mais R$ 2.500.

 

Apesar do desentendimento ter acontecido há, pelo menos, dois anos, o atirador afirmou que continuou revoltado com a situação. Ainda conforme seu depoimento, o homem decidiu se vingar do funcionário depois que ficou desempregado e por acreditar que a vítima teria estragado seu veículo de propósito.

 

O autor dos disparos tentou fugir em seu carro, mas foi detido por uma guarnição do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), na Avenida Dom Pedro I, no Bairro Itapoã, na mesma região da concessionária. O veículo usado para fuga e a arma do crime foram apreendidos. Além disso, segundo o boletim de ocorrência, a PMMG apreendeu uma faca de caça.

 

A pistola usada teria sido comprada pelo suspeito em 2001, em um clube de tiro no Bairro Gutierrez, na Região Oeste da capital, por R$ 2 mil. O equipamento estava com o número de série raspado. Aos policiais, o proprietário afirmou que apagou a inscrição há cinco dias, já premeditando cometer o crime. Ele também foi autuado por porte ilegal de arma.

 

O corpo de Alexandre será enterrado na tarde desta quarta-feira (29/5), no Cemitério Bosque da Esperança, na região Norte de Belo Horizonte.

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