A Prefeitura de Ipatinga, na Região do Vale do Aço, em Minas Gerais, confirmou, nesta quarta-feira (29/5), dois casos de febre Oropouche. Em um primeiro momento, as pacientes foram notificadas com dengue, no entanto, durante análise da Fundação Ezequiel Dias houve, a confirmação do contágio pelo vírus transmitido pelo mosquito culicoides, também conhecido como borrachudo. 


 

Walisson Medeiros, secretário de Saúde de Ipatinga, explica que é “normal” que, antes dos exames laboratoriais, a primeira notificação da doença seja pela arbovirose. Isso acontece devido à semelhança dos sintomas: febre, dores musculares, nas articulações e sobre os olhos, tontura, náusea, vômitos e diarreias. 


Conforme a pasta, as pacientes são idosas e, apesar do diagnóstico tardio, não tiveram sequelas da infecção. Carmelinda Lobato, médica infectologista do município, explica que a equipe de vigilância em Saúde fez uma visita técnica no local e que apesar da doença poder evoluir para casos graves, não houve complicações. “Agora, o que vamos fazer é reforçar com os profissionais de saúde, através de treinamentos, que já estão agendados, para que todos possam conhecer melhor esse novo vírus que está circulando entre nós”.




 

Apesar de não classificar os casos como alarmantes, a administração municipal pede à população para intensificar as ações de prevenção comuns ao combate de doenças transmitidas por mosquitos. “O ideal é reforçar os cuidados, usar roupas de mangas cumpridas e calças, quando for para locais propícios a esse mosquito, usar o repelente sempre. São as preocupações comuns de prevenção à dengue e agora contra o oropouche”, afirmou o secretário Walisson. 

 


A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Saúde para saber quantos casos de febre oropouche já foram confirmados em Minas Gerais e quais medidas estão sendo tomadas para o enfrentamento à doença, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta. 

 

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