UFMG e UFSJ deferem recursos para alunos que tiveram suas autodeclarações como pardos negadas -  (crédito:  Foca Lisboa/UFMG)

Greve de professores na UFMG dura quase 50 dias e não tem previsão de término

crédito: Foca Lisboa/UFMG

A greve dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) terá uma nova etapa nesta semana. Na quarta-feira (5/6), em assembleia geral, os docentes vão decidir se prorrogam ou encerram a paralisação na instituição, segundo o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH).

 

A greve dos professores foi deflagrada no dia 15 de abril e já dura 49 dias, enquanto a greve dos técnicos-administrativos teve início no dia 11 de março deste ano.

 

Na última assembleia geral de professores da UFMG, realizada no dia 27 de maio, a categoria rejeitou a proposta de reajuste do governo Federal e decidiu pela continuidade da greve. O APUBH informou que é prematuro fazer qualquer afirmação acerca dos próximos passos do movimento grevista nacional e da universidade.

 

 

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços (MGI) também se reuniu na última segunda (27) para discutir a greve com as entidades nacionais. O dia 27 de maio foi a data limite estipulada para a assinatura da proposta.

 

No entanto, o MGI marcou para esta segunda-feira (3/6), às 14h, uma nova reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). O encontro, porém, não significa continuidade do processo de negociação do reajuste salarial com professores de universidades e institutos federais.

 

 

Para cobrar a reabertura das negociações com as entidades representativas da categoria docente, os Comandos Nacionais de Greve do Andes, do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe) e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) realizam um Dia Nacional de Luta da Educação Federal nesta segunda.

 

O Dia Nacional de Luta da Educação Federal terá manifestação em Brasília (DF) e nos estados, nas instituições de ensino, em articulação com o movimento estudantil, movimentos sociais e demais categorias que apoiam a defesa da Educação Pública.

 

Proposta

 

A última versão apresentada aos docentes manteve a proposta de não ter reajuste salarial em 2024 e ofereceu 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, responsável por conduzir as negociações, propôs à categoria reajustes que chegam a 43% em quatro anos, considerando o aumento de 9% já concedido no ano passado para todos os servidores federais.

 



A oferta apresentada pelo governo durante a mesa específica de negociação é de reajuste em duas parcelas, janeiro de 2025 e maio de 2026, que variam de 13,3% a 31,2% até 2026. Com o reajuste proposto, os professores no nível inicial da carreira passarão a receber R$ 13.753 e no final da carreira (professor titular) o salário será de R$ 26.326.

 

A proposta do governo, feita em 15 de maio, foi recebida de forma distinta pelo Andes e pelo Proifes, que divergem sobre o fim da paralisação. O Andes e outras entidades representativas das categorias paralisadas reivindicam a continuidade das negociações, por isso, rejeitaram o acordo e optaram por dar continuidade à greve. A contraproposta do sindicato reivindica percentuais de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026.