Segundo as investigações, o produto foi aplicado pela esposa do médico, que possui formação acadêmica em odontologia -  (crédito: PCMG/Divulgação)

Segundo as investigações, o produto foi aplicado pela esposa do médico, que possui formação acadêmica em odontologia

crédito: PCMG/Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou, nesta segunda-feira (03/6), um médico e uma dentista, mulher dele, pelo homicídio doloso de uma idosa de 60 anos, morta durante uma sessão de aplicação da substância polimetilmetacrilato (PMMA), componente plástico utilizado para preenchimento de pele com o intuito de aumentar os glúteos.

 

Ela estava na quarta sessão do procedimento, passou mal e morreu no dia 7 de março na clínica dos acusados, localizada no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. 


Segundo as investigações, o produto foi aplicado pela esposa do médico, que possui formação acadêmica em odontologia. Ao serem verificados os documentos do médico, a equipe de investigação descobriu também que ele não tinha especialização para atuar como cirurgião plástico ou dermatologista.  



Além disso, em pesquisa à Vigilância Sanitária de Belo Horizonte, foi descoberto que a clínica funcionava de forma clandestina e sem autorização do órgão. Diante das investigações, a Polícia Civil indiciou o casal por homicídio doloso, e o inquérito policial foi encaminhado à Justiça. 


Relembre o caso


Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a secretária da clínica chegou ao local na manhã do dia 7 de março, e a paciente já estava sendo atendida pelo médico responsável pelo procedimento, que estava marcado originalmente para as 9h30. O marido da vítima aguardava na recepção.


A funcionária relatou que entrou no consultório para dar à paciente comprimidos do remédio Clavulin, um antibiótico, e Adorlan, indicado para alívio de dores inflamatórias. Em seguida, a secretária foi chamada novamente pelo médico, que disse que a paciente estava passando mal.


No boletim de ocorrência, o médico relatou que, após a aplicação, a mulher se levantou, sentiu uma sonolência, caiu no chão e chegou a urinar e vomitar.

 


A secretária ajudou a colocar a paciente na maca e chamar o Samu. O cardiologista que estava na clínica também auxiliou e fez as manobras de reanimação, mas a paciente não resistiu e morreu. O Samu chegou ao local e confirmou o óbito.


O Estado de Minas procurou pela assessoria jurídica do médico responsável pelo procedimento, Adelmo Monteiro, e aguarda retorno.