Nelson Hungria passa por reformas na muralha e em guaritas -  (crédito: Tiago Ciccarini/Agência Minas)

Nelson Hungria passa por reformas na muralha e em guaritas

crédito: Tiago Ciccarini/Agência Minas

O Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recebeu verba do Governo de Minas para a primeira reforma desde a sua fundação. Construído em 1988, as muralhas e guaritas já apresentavam desgaste natural devido à ação das intempéries, trincas e problemas estruturais. A entrega da obra nas estruturas está prevista para janeiro de 2025, sendo que 60% do serviço já foi realizado. 

 

Após inspeção do engenheiro civil Caio Eduardo Rocha, o Governo destinou R$ 13,7 milhões para as obras. “Percorri toda a extensão da muralha quando cheguei aqui, tanto do perímetro quanto das áreas internas que separam os pavilhões, e percebi diversos pontos em que ela balançava, apresentava grande instabilidade”, relata o engenheiro civil da empresa contratada para o serviço+-. 

 

“O guarda-corpo da passarela também está em situação ruim, mas passará por uma revitalização geral. Ele é imprescindível para a segurança dos policiais penais que transitam nestes quatro quilômetros de extensão."

 

 

Já se passaram 286 dias de obras, e a muralha, segundo ele, está segura, pois os 344 pilares originais foram reforçados, e ainda instalados mais 116, com a mão de obra de 20 presos e 80 operários. Foram feitos também trabalho como reboco, pintura, selagem, parte elétrica e hidráulica das guaritas e iluminação geral da área externa. Até o momento, do valor total, foram executados R$ 5,3 milhões.

 

A unidade tem 36 anos e, desde a inauguração, esta é a primeira reforma da muralha de quatro quilômetros de extensão e sete metros de altura. "É um sonho realizado", comemora o diretor da penitenciária, Saulo Castro.

 

"Tínhamos problemas com a rede elétrica que passa pelo local e, ainda, nas guaritas, as quais receberam o sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA), para dar mais segurança aos policiais penais”, relembra.

 

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Felipe do Rosário, 26 anos, é um dos detentos selecionados que atua desde o início na reforma. Ele conta que nunca tinha trabalhado em construção civil, e que adquiriu aprendizados nesta experiência. "Estou aprendendo muito por aqui, acredito na possibilidade de conseguir um emprego na área, quando receber meu alvará de soltura. Falta pouco para voltar para casa."

 

Obras no sistema prisional

Estão em andamento 19 obras de manutenções e reformas em todo o sistema prisional mineiro. A Subsecretaria de Gestão Administrativa, Logística e Tecnologia (Sulot) acompanha os serviços.

 

O Estado está destinando R$74 milhões para a reforma de unidades prioritárias, como é o caso do complexo prisional de Minas.