Roger Rodrigues de Oliveira, de 36 anos, e Denise Teixeira da Silva, de 33  -  (crédito: Reprodução)

Roger Rodrigues de Oliveira, de 36 anos, e Denise Teixeira da Silva, de 33

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O motorista de 36 anos apontado como o responsável pela morte de Denise Teixeira da Silva, de 33, na Avenida Amazonas, na altura do Bairro Nova Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte, tinha cinco passagens na polícia por crimes como ameaça, corrupção de menores e consumo de drogas. Roger Rodrigues de Oliveira conduzia um caminhão, quando jogou Denise para fora do veículo e, em seguida, a atropelou. Ele também veio a óbito depois de fugir e entrar em confronto com a Polícia Militar (PM).

 

Conforme o boletim de ocorrência, as passagens policiais mais recentes foram em 2023: uma por consumo de drogas e outra por se negar a pagar a corrida a um taxista. Nessa última, Roger, que teria andado por horas no veículo, alegou ter ido ao Bairro Cabana do Pai Tomás, na Região Oeste da capital, para comprar cocaína.

 

 

 

Em 2022, ele também se envolveu em uma confusão com um motorista da Uber. O profissional alegou que Roger estava drogado e entrou em surto dentro do carro. Do lado de fora, eles teriam entrado em luta corporal, quando Roger, segundo afirmou, danificou o automóvel.

 

Em 2020, o homem foi acusado de corrupção de menores. A polícia não deu detalhes desse crime. Antes disso, em 2014, a ex-companheira disse que foi ameaçada por ele e afirmou já ter visto Roger armado em outras ocasiões.

 

Perseguição durou cerca de 20 minutos

Após atropelar Denise, que morreu no hospital, Roger fugiu. Segundo o registro policial, os militares flagraram a ação por meio de imagens do Olho Vivo do 5º Batalhão da PM e tiveram acesso à placa do veículo, o que possibilitou a operação de cerco e bloqueio na região. Inicialmente, uma guarnição viu o caminhão passar pela Avenida João Gomes Cardoso, na altura no Bairro Oitis, em Contagem, na Região Metropolitana, e fez a abordagem assim que Roger parou em um semáforo.

 

Os policiais pediram que ele saísse do caminhão, o que não foi acatado. Com isso, o motorista acelerou em direção a dois militares, que pularam no canteiro central, evitando o atropelamento. Foram necessários, naquele momento, disparos de arma de fogo para conter a “injusta agressão”, narra a PM na ocorrência, destacando não ter sido possível identificar se algum dos tiros atingiu Roger.

 

O apoio foi solicitado pela rede de rádio, e, com isso, os policiais iniciaram a perseguição, que, conforme o registro policial, durou cerca de 20 minutos e teve apoio do helicóptero Pégasus. Militares chegaram a disparar uma sequência de tiros contra o veículo na tentativa de fazer Roger se render, já que havia alto risco para outros motoristas que trafegavam na via.

 

Os disparos só foram cessados no momento em que o condutor do caminhão perdeu o controle da direção ao colidir contra o meio-fio na Avenida Helena de Vasconcelos Costa, ainda em Contagem. Ao se aproximarem, os policiais viram que Roger estava ferido e com sinais vitais, mas perceberam que não era possível retirá-lo em segurança — em decorrência de seu “peso excessivo” — para levá-lo ao hospital. O  Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. O óbito foi confirmado ainda no local. O boletim de ocorrência não menciona se o homem morreu em decorrência de algum disparo de arma de fogo ou por causa do acidente. 

 

Dentro do veículo, os policiais acharam resquícios de cocaína. A perícia da Polícia Civil e a corregedoria da Polícia Militar compareceram ao local. As armas utilizadas pelos policiais durante a perseguição foram recolhidas ao batalhão da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas).