Wallysson Alves dos Santos Guedes era policial penal e foi morto após uma discussão em um bar -  (crédito: Arquivo pessoal)

Wallysson Alves dos Santos Guedes era policial penal e foi morto após uma discussão em um bar

crédito: Arquivo pessoal

O julgamento do bombeiro militar reformado Naire Assis Ribeiro, acusado de matar o policial penal Wallysson Alves dos Santos Guedes em 26 de fevereiro deste ano, no bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte, está marcado para começar na próxima semana.

 

A audiência de instrução e julgamento, ainda na fase sumariante, será no dia 14 de junho, sexta-feira da semana que vem, às 13h30.

 

Relembre o caso

 

Conforme o boletim de ocorrência, na madrugada do dia 26 de fevereiro a vítima estava bebendo com o filho em um bar no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte. Ao avistar o policial, o subtenente questionou o motivo de ele estar armado. Os dois discutiram no local e o bombeiro foi em casa buscar um revólver. Quando voltou, o bombeiro disparou contra o agente.

 

A situação foi presenciada pelo dono do estabelecimento. Depois do crime, o atirador fugiu em uma moto, mas foi localizado e preso. A arma usada no crime foi apreendida. O policial penal chegou a ser socorrido para o Hospital João XXIII, mas morreu durante uma cirurgia.

 

 

Em abril, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou à Justiça a denúncia contra o bombeiro. Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, por motivo torpe e risco ao perigo comum, e pelo crime de preconceito racial.

 

No documento da denúncia que foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, há a transcrição de uma ligação feita por Naire para o número 190, onde pediu apoio policial, já que Wallysson estaria se apresentando como militar. A vítima estava armada no bar em que aconteceu o crime, e o suspeito duvidava de sua profissão.

 

 

Na ligação, a atendente questiona o suspeito sobre a acusação, que desconversa sobre a situação. “Ele é haitiano (...) negro. Ele está se identificando como militar, que ele não é, está entendendo?”, disse Naire para a atendente.

 

Ainda em abril, a justiça aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público. Naire está preso desde o dia do crime.