Rua Itamar no bairro Alto Vera cruz no local onde o corpo do homem de 30 anos foi encontrado com marcas de execução -  (crédito: Reprodução/Google StreetView)

Rua Itamar no bairro Alto Vera cruz no local onde o corpo do homem de 30 anos foi encontrado com marcas de execução

crédito: Reprodução/Google StreetView

Uma vida perigosa e violenta no submundo do crime e com muitos inimigos potenciais. A história de um homem de 30 anos encontrado morto na madrugada deste domingo (09/06), no Bairro Alto Vera Cruz, na Região Leste de Belo Horizonte, torna um desafio descobrir quem são seus assassinos. 

 

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o corpo do homem foi encontrado por volta de 2h, na Rua Itamar. Tinha marcas de quatro ferimentos de arma de fogo, sendo dois deles na face e outros dois na nuca.

 

 

Foram encontradas capsulas de munição .380 ejetadas de uma pistola que é provavelmente a arma do crime. Esse cenário sugere uma execução, onde um das hipóteses é a vítima ter encontrado de frente com seu assassino, que atirou na sua cara e depois garantiu sua morte a executando com dois disparos na nuca.

 

 

 

Segundo a PMMG, o homem de 30 anos tem passagens por suspeitas de crimes de violência doméstica, ameaça e descumprimento de medida protetiva, o que indica um perfil violento e insatisfação por parte de familiares e amigos da sua companheira. 

 

"Após consulta de monitoramento, a vítima deveria estar tornozelado (utilizando tornozeleira eletrônica de monitoramento como medida para presos de regime semiaberto ou aberto), mas teria rompido o dispositivo", informou a corporação. Ainda que menos provável, romper o dispositivo pode indicar também que a vítima tentava evitar a sua detecção por saber que estava em perigo.

 

 

"Segundo informações de testemunhas era usuário de drogas e possuía dívidas com o tráfico de drogas", informou a PMMG. A informação de que a vítima era usuária de entorpecente e que seu nome figurava entre devedores de traficantes pode relacionar sua execução para um acerto de contas relacionado ao tráfico.

 

Pistola calibre .380 pode ser a de mesmo tipo utilizada na execução do homem de 30 anos

Pistola calibre .380 pode ser a de mesmo tipo utilizada na execução do homem de 30 anos

PMMG/Divulgação

 

"Um familiar informou que a vítima teria sido apontada como estuprador pela sua ex-companheira e, por isso, estaria sendo ameaçado. A ex-companheira não confirmou informação", informou a PMMG.

 

 

A alegação de que a vítima foi acusada de estupro pela ex-companheira e estava sendo ameaçada, mesmo que não confirmada por ela, destaca a possibilidade de um crime motivado por vingança ou justiça por conta própria devido aos estupros. Crimes sexuais também são mal vistos em áreas de domínio do tráfico, principalmente por atrair a polícia e afugentar os consumidores de entorpecentes. 

 

O crime e suas muitas suspeitas serão investigados pela Delegacia de Homicídios. A ocorrência sem identificação de autores foi encerrada na 4ª Delegacia de Polícia Civil Leste, depois da perícia e remoção do corpo.