Operação Tabernus foi deflagrada em Juiz de Fora -  (crédito: Divulgação / MPMG)

Operação Tabernus foi deflagrada em Juiz de Fora

crédito: Divulgação / MPMG
A Operação Tabernus, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), desarticulou na manhã desta terça-feira (11/6) um grupo suspeito de cometer casos de corrupção e tráfico de drogas nas unidades prisionais de Minas Gerais. A ação foi realizada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Juiz de Fora (Gaeco) com as Polícias Penal, Civil, Militar e Rodoviária Federal.
 
Foram cumpridos 27 mandados de prisão, 39 mandados de busca e apreensão, mandados de sequestro de veículos e mandados de bloqueio financeiro de R$ 13.362.960,80 em Juiz de Fora, Cataguases e Goianá, na Zona da Mata Mineira. Outros mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro, São Gonçalo, Angra dos Reis, Mangaratiba e Três Rios.
 
 
De acordo com o promotor de Justiça Thiago Fernandes de Carvalho, entre os presos estão dez policiais penais, três técnicos da Sejusp, um sargento do Exército, entre outros suspeitos. Os nomes deles não foram informados. "Na operação, buscamos principalmente equipamento de comunicação entre os suspeitos e sequestro de bens", explicou Thiago Fernandes.
 
Ainda conforme o MPMG, agentes públicos permitiam a entrada de drogas, equipamentos de comunicação e objetos ilícitos para dentro de unidades prisionais, onde eram comercializados de maneira ilícita por valores muito superiores aos negociados. Além disso, também era realizada lavagem de dinheiro.
 
 
"Via de regra [os criminosos facilitavam] a entrada de objetos ilícitos [nos presídios], como drogas. Todo material que adentra a unidade prisional tem valor mais alto que praticado do lado de fora. É uma investigação complexa e que resultou em um vasto conjunto probatório que foi apresentado ao Poder Judiciário", explicou o promotor. 
 
 
As apurações do crime aconteciam há mais de um ano, após informações da própria Polícia Penal e da Sejusp, depois de levantamentos internos das unidades.
 
Os agentes vão sofrer um processo administrativo disciplinar e responder até o momento por tráfico de drogas, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.