Arthur Parentoni e Henrique Kitayama, de 16 anos, criaram uma plataforma chamada

Arthur Parentoni e Henrique Kitayama, de 16 anos, criaram uma plataforma chamada

crédito: Divulgação

Os moradores de Belo Horizonte que querem adotar um animal de estimação não precisam mais passar horas procurando por uma ONG ou projetos de acolhimento que viabilizem esse processo. Isso porque os adolescentes de Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, Arthur Parentoni e Henrique Kitayama, de 16 anos, criaram uma plataforma chamada “Match Pet”.

 

O sistema reúne informações de animais disponíveis para adoção a partir de projetos parceiros e possui uma interface interativa e intuitiva, podendo ser acessado sem que o usuário crie uma conta. 


Os pets são identificados com foto e detalhados por sexo, idade, vacinas e demais informações úteis como castração e testes para doenças. Depois disso, o interessado terá acesso ao número de telefone e o e-mail do responsável por aquele animal. 

 


A ideia surgiu na pandemia, quando Arthur queria adotar um gatinho e não sabia onde encontrar. De acordo com ele, a falta de filtros específicos e pouca atualização dos sites de adoção no mercado tornaram a busca desafiadora.

 

“Procurei em plataformas, no Instagram e no Facebook, e o que encontrei foi um processo desatualizado, descentralizado e muito burocrático”, conta o estudante e programador do site.


O jovem uniu forças com o amigo Henrique e o site começou a ser desenvolvido em dezembro de 2023. Para Arthur, que encontrou tempo entre o período de provas e abriu mão das férias para cuidar da plataforma, o objetivo da iniciativa é servir como uma ponte.

 

Atualmente o Match Pet já conta com a parceria de outros projetos sociais, como o SOS Gatinhos do Parque, que possui 20 mil seguidores em suas redes sociais e disponibiliza os felinos para adoção no site. 

 

A plataforma, lançada em janeiro deste ano, já recebeu mais de 1500 acessos e facilitou 60 adoções até o momento. “Nosso objetivo é ajudar a dar uma vida digna e com muito amor a esses animais e, assim, reduzir as estatísticas que registram mais de 48 mil animais de rua na capital”, explica Henrique. 

 

 

 

Simone Rocha, voluntária do SOS Gatinhos do Parque, conta que a iniciativa tem auxiliado nas doações. “Além de facilitar a criação do anúncio e a divulgação nas redes sociais, tornou muito simples e rápido o contato entre o interessado e a SOS, pois é possível enviar um mensagem padronizada que informa qual gatinho ele quer adotar”, pontuou. 


De acordo com a voluntária, de março até maio, recebeu o contato de 42 pessoas interessadas que adotaram 12 gatinhos. “Um número ótimo de conversão, considerando que o adotante precisa atender alguns requisitos, entre eles uma residência segura e telada, que não tenha rotas de fuga”, relatou.  

 

Os estudantes desejam ainda expandir o projeto para o Rio Grande do Sul e São Paulo.

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice