Rio Araguari, no Parque dos Papagaios, entre os municípios de Uberlândia e Araguari.
 -  (crédito: Walace Torres/divulgaçao)

Rio Araguari, no Parque dos Papagaios, entre os municípios de Uberlândia e Araguari.

crédito: Walace Torres/divulgaçao

Com força na pecuária e produção de agrícola, o Triângulo também enfrenta problemas na alteração do clima. O tema será discutido na próxima segunda-feira (17/07), no segundo encontro do Seminário Técnico Crise Climática em Minas Gerais: Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

 

O evento será realizado no auditório da unidade da Universidade de Uberaba (Uniube) – Auditório em Uberlândia, com a explanações de técnicos e especialistas e participação do público.

 

Encontro semelhantes serão promovidos em sete municípios de Minas. A iniciativa tem como objetivo construir soluções estruturantes e de longo prazo para a convivência com os fenômenos climáticos extremos.

 

O resultado das reuniões irá compor o relatório dos grupos técnicos, que trabalham em quatro dimensões – ambiental, social, econômica e institucional/governança. Os grupos, formados por pesquisadores de universidades especialistas e poder público, desenvolvem estudos e pesquisas sobre a crise climática desde o lançamento do projeto pelo presidente da Assembleia, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), em março passado.

 

 

De acordo com a Assembleia, o seminário faz parte de um projeto mais amplo, que visa a estruturação de políticas públicas e possui ações de médio e longo prazo com o objetivo de proporcionar ao estado e à sua população uma convivência mais segura com os eventos climáticos extremos.

 

No seminário, após a cerimônia de abertura, haverá a apresentação do “panorama climatólógico” da região. Abordagem será feita pelo professor Paulo César Mendes, professor e pesquisador em climatologia, recursos Hídricos e Geografia da Saúde do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

 

 

Serão apresentadas as boas práticas na convivência com os desafios impostos pelo ambiente. Uma delas é a FIP Paisagens Rurais. Trata-se de projeto financiado com recursos do Programa de Investimento Florestal (FIP em inglês) que são gerenciados pelo Banco Mundial. O foco do projeto é a gestão integrada da paisagem do bioma Cerrado, preparando o produtor rural para recuperar e conservar a vegetação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal, além de incentivar a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono.

 

Outra ação ambiental que será apresentada é o Programa Água Cristalinas, de preservação da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Uberaba. A iniciativa tem como objetivo proteger, recuperar nascentes, recompor solos e matas ciliares, garantir a melhoria da qualidade da água e o aumento da disponibilidade hídrica na cidade e no campo. São ações direcionadas às propriedades rurais inseridas na APA, que são beneficiadas tanto quanto a população da cidade.

 

 

Os participantes do encontro também vão conhecer o Projeto Agro + Verde. A proposta objetiva promover ações de intervenção em áreas degradadas de pastagens e vegetação nativa nas áreas de preservação permanente e reserva legal. O projeto visa, por meio de assistência técnica e gerencial, fornecer parte dos insumos e capacitação dos produtores rurais.

 

Na parte da tarde, será discutido o diagnóstico regional sobre os impactos da crise climática. A abordagem será feita pelo por Rido Aparecido Costa, professor, doutor em Geografia e coordenador do Laboratório de Climatologia do Instituto de Ciências Humanas do Pontal (ICHPO/UFU); e Fernando Caixeta Lisboa, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – Campus Uberlândia – e doutor em Sistemas Sustentáveis de Energia pelo programa MIT Portugal.