A decisão para anunciar o fim do Decreto de Emergência foi motivada pela queda nos atendimentos realizados pelas unidades de saúde de Belo Horizonte -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

A decisão para anunciar o fim do Decreto de Emergência foi motivada pela queda nos atendimentos realizados pelas unidades de saúde de Belo Horizonte

crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press

Na manhã desta quinta-feira (13/6), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou o fim da epidemia da dengue. Na ocasião, também foi apresentado o cenário das doenças respiratórias, mostrando que, apesar da tendência de queda do pico observado em abril, ainda há número elevado de solicitação de internações.

 

A decisão para anunciar o fim do Decreto de Emergência foi motivada pela queda nos atendimentos realizados pelas unidades de saúde de Belo Horizonte. Em maio, foram 30.190, em comparação aos 193.216 em março – mês com maior demanda registrada –, mostrando uma redução de 84%, e com tendência a diminuir: nos dez primeiros dias de junho, foram pouco mais de 3 mil atendimentos.

 

 

Considerando todas as unidades de saúde da capital, foram cerca de 500 mil atendimentos ao longo de todo o período de Emergência em Saúde Pública – 70% acima do registrado nas últimas epidemias somadas, em 2016 e 2019, que tiveram, respectivamente, 189 mil e 168 mil atendimentos.

 

 

Até o momento, Belo Horizonte registrou 72.624 casos confirmados de dengue, 143.211 casos em investigação e 70 óbitos. Em relação à chikungunya, são 4.880 confirmações, 1.834 casos em investigação e cinco óbitos. Não há registros de casos de zika.

 

De acordo com a PBH, o investimento na Saúde durante o período foi de R$ 37,2 milhões, sendo R$ 19,79 milhões apenas em contratações emergenciais.

 

Em relação às vacinas, o secretário de Saúde da PBH, Danilo Borges Matias, reforça: "100% das doses contra a dengue disponíveis já foram aplicadas e já estamos discutindo com o Ministério da Saúde a possibilidade de recebermos de outros municípios que ainda têm doses guardadas para ampliarmos a cobertura, inclusive para além da faixa etária indicada."

 

Doenças respiratórias

 

Com pico registrado em abril, as doenças respiratórias em Belo Horizonte apontam tendência de queda, mas com a chegada do inverno, há um plano de enfrentamento ativado mediante aumento de casos e maior demanda por atendimento. Já foram contratados 239 profissionais da saúde, incluindo pediatras.

 

Ao todo, foram registrados 71 mil atendimentos para doenças respiratórias em abril; 63 mil em maio; e 17 mil em junho, dados parciais.

 

Até o momento, já foram aplicadas 570 mil doses da vacina contra a gripe na população a partir de 6 meses, mas a campanha foi prorrogada até a duração do estoque do município – cerca de 500 mil doses.

 

Considerando o grupo prioritário, já foram aplicadas 294 mil vacinas contra a gripe, cerca de 49% de cobertura. Em relação à vacina monovalente contra a Covid-19, foram aplicadas 46 mil doses em grupos específicos, de acordo com critérios do Ministério da Saúde.