Depois de quase um mês, força-tarefa da Cemig encerra operações no RS
 -  (crédito: Divulgação/Cemig)

Depois de quase um mês, força-tarefa da Cemig encerra operações no RS

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Com 27 dias de atuação em apoio emergencial no Rio Grande do Sul, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) finalizou suas operações de recomposição do sistema elétrico do estado castigado pelas enchentes desde o fim de abril.

 

“Ao chegar à cidade (Porto Alegre) nos deparamos com um cenário assustador, devido ao volume enorme de água por todos os lados da rodovia e a cidade alagada, com poucos locais de acesso, trânsito travado. Um verdadeiro caos”, contou Alexandre Ângelo Pires, técnico de manutenção.

 

“Os atendimentos foram, em específico, na parte dos geradores, na alimentação das bombas de água da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), para transposição do Bairro Sarandi para o lado do Rio Gravataí, descendo pro Rio Guaíba”, explica.

 

Foram cerca de 20 pessoas atuando no estado, com engenheiro, técnicos e eletricistas nas operações terrestres e uma equipe composta por piloto e técnico de manutenção de aeronaves para o suporte aéreo.

 

 

A primeira equipe da Cemig partiu de Minas Gerais no dia 3 de maio para auxiliar a Rio Grande Energia (RGE), com sobrevoos na região e transporte dos técnicos e equipamentos, conforme a necessidade da distribuidora local. A aeronave da companhia realizou 34 horas de voo e inspecionou cerca de 200 km de rede elétrica no Rio Grande do Sul.

 

A companhia também disponibilizou cinco quadriciclos fora de estrada e cinco geradores para abastecer as bombas da Sabesp.

 

 

“Nossos geradores apoiaram as ações do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) de Porto Alegre, fornecendo energia elétrica para o funcionamento de três conjuntos de bombas cedidas pela Sabesp. Essas bombas drenavam 7 mil litros de água por segundo, removendo as águas que alagaram o Bairro Sarandi. Esses equipamentos funcionaram ininterruptamente por 21 dias e contribuíram para baixar o nível da água em cerca de 3,50 m. Foi uma logística complexa, considerando o cenário devastador que encontramos”, ressalta Mauro Luciano, técnico do sistema elétrico da companhia.

 

 

A equipe atuou no apoio ao fornecimento de energia para as bombas d'água da Sabesp no bairro Sarandi, um dos mais afetados pelas enchentes em Porto Alegre

A equipe atuou no apoio ao fornecimento de energia para as bombas d'água da Sabesp no bairro Sarandi, um dos mais afetados pelas enchentes em Porto Alegre

Divulgação/Cemig

 

 

Ao todo, os funcionários da Cemig em campo contabilizaram 552 horas de trabalho durante o período em que se revezaram na operação das unidades de geração móvel. 


* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata