Diretoria de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses da cidade tem feito monitoramento contínuo, diz prefeitura -  (crédito: Unsplash)

Diretoria de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses da cidade tem feito monitoramento contínuo, diz prefeitura

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A Prefeitura de Contagem, na Grande BH, por meio da secretaria de Saúde, confirmou dois casos de raiva em morcegos nas regiões dos bairros Riacho e Eldorado – um deles em maio e outro em junho.

 

Os morcegos, no entanto, não tiveram contato com humanos ou animais, sendo encontrados de forma acidental em área pública, afirma o Executivo em nota, acrescentando que a vacinação antirrábica compulsória foi feito nos animais do entorno.

 

 

 

“A Diretoria de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses monitora continuamente casos de epizootias no município”, conclui.

 

BH tem 11 casos notificados neste ano

 

No fim de maio, um morcego com o vírus foi encontrado no Bairro Sion, na Região Centro-Sul da capital. Na ocasião, a prefeitura deu início à vacinação de cães e gatos em um raio de 300 metros. Ao todo, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) já notificou 11 casos de morcegos positivos para a raiva: cinco na Região Centro-Sul; dois na Leste; um na Noroeste; e três na Pampulha.

 

Em março, duas regionais de Belo Horizonte, Pampulha e Leste, estavam sob operação de bloqueio de circulação do vírus da raiva após três morcegos terem sido encontrados mortos nessas regiões. A operação, montada pela prefeitura, previa o oferecimento porta a porta de vacinação contra a doença para cães e gatos e conscientização da população sobre procedimentos para evitar a enfermidade.

 

Em caso de animais suspeitos da doença, principalmente morcegos caídos e com comportamento atípico, a prefeitura recomenda que a população não manipule ou descarte o animal. É necessário acionar imediatamente o serviço de zoonoses do município para recolhimento adequado.

 

Raiva: o que você precisa saber?

 

Conforme explica o Ministério da Saúde (MS), a raiva é uma doença infecciosa viral grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.

 

Após o período de incubação do vírus, surgem os sintomas, que duram em média de dois a dez dias. São eles: mal-estar, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade e inquietude. A infecção pode progredir, surgindo ainda outras manifestações, como febre, delírios, espasmos musculares e convulsões.

 

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordida. O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças.

 

Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de dois a cinco dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre cinco e sete dias depois da apresentação dos sintomas.

 

“Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente”, diz o Ministério da Saúde.