Ao menos 17 peças, em sua maioria ligadas a marcenaria, teriam sido roubadas do Museu de Artes e Oficios localizada na Praça da Estação -  (crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press. Brasil)

Ao menos 17 peças, em sua maioria ligadas a marcenaria, teriam sido roubadas do Museu de Artes e Oficios localizada na Praça da Estação

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press. Brasil

O Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte, localizado em prédios das antigas estações ferroviárias da cidade, na Praça da Estação, Região Central, foi arrombado na manhã de sábado (15) e teve 17 peças do acervo furtadas.

 

Segundo comunicado do museu, as peças não possuem valor financeiro e sim histórico e cultural. Foram furtados formões, pequenos martelos, canivete, arco de pua, entre outras peças da área de carpintaria.

 

 

Ainda no sábado, a Polícia Federal localizou um homem suspeito de ter realizado o furto e recuperou um canivete histórico, que foi devolvido ao acervo. As demais peças continuam desaparecidas. O homem foi preso em flagrante.

 

 

O museu ficou com as portas fechadas ao público após o furto. Reaberta nesta terça-feira (18), a instituição mantém a exposição individual "Tudo é Rio", da artista Massuelen Cristina. A mostra, com pinturas, fotos, instalação e trabalhos bordados, não sofreu nenhum dano.

 

O Museu de Artes e Ofícios foi inaugurado em 2005 pelo Instituto Cultural Flávio Gutierrez, a partir de coleções iniciadas há 60 anos pelo engenheiro e fundador da construtora Andrade Gutierrez e continuadas pela empreendedora cultural Angela Gutierrez, filha dele. O instituto doou 1.472 peças ao museu.

 

 

As peças que fazem parte do museu foram tombadas pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) e, por isso, a investigação é realizada pela Polícia Federal. Elas contam a história de atividades profissionais que deram origem à indústria de transformação em Minas Gerais.

 

Mais de 2 mil ferramentas, máquinas, equipamentos e utensílios, originais dos séculos 18, 19 e 20, representam ofícios antigos ligados a setores como mineração, lapidação e ourivesaria, alimentício, tecelagem, curtume e energia.

 

O museu é gerido desde 2016 pelo Sesi (Serviço Social da Indústria).