A obra faz parte do conjunto de intervenções para melhoria do trânsito na região que liga os bairros Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e Vila da Serra, em Nova Lima -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A obra faz parte do conjunto de intervenções para melhoria do trânsito na região que liga os bairros Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e Vila da Serra, em Nova Lima

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

Projeto de obra parte do conjunto de intervenções para melhoria do trânsito na região que liga os bairros Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e Vila da Serra, em Nova Lima, foi rejeitado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Proposto pela prefeitura de Nova Lima, o projeto contempla a construção de um viaduto em formato de ferradura para ligar a MG-030 à BR-356, no sentido Rio de Janeiro. A obra é a primeira de quatro intervenções propostas e anunciadas em março deste ano pelo Executivo municipal de ambas as cidades.


 

De acordo com o IEF, a solicitação da prefeitura, feita em março deste ano, foi indeferida com base na Lei Estadual 18.042/2009, uma vez que o projeto apresentava intervenções na área interna da Estação Ecológica do Cercadinho, espaço protegido. “A prefeitura de Nova Lima foi orientada a apresentar novo processo, contendo as coordenadas das intervenções que planeja realizar para implantação da alça viária, para que o IEF possa verificar a interferência na Unidade de Conservação”, informou o instituto.


Diante da rejeição, o Executivo municipal esclareceu, em nota, que, “inicialmente, o entendimento era de que a área desafetada na Estação Ecológica do Cercadinho, com base em um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, já contemplava toda a área necessária para as obras”. 


Com as exigências adicionais, a prefeitura de Nova Lima informou que as adequações da “obra ferradura” já estão em andamento, especialmente no que tange à compatibilidade das coordenadas das intervenções para a implantação da alça viária.


A obra sob responsabilidade do Executivo municipal de Nova Lima custará R$ 60 milhões e tem expectativa de 12 meses para ser finalizada. 

 

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Melhorias no trânsito


Em março deste ano, o prefeito da capital mineira, Fuad Noman (PSD), o prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez (Cidadania), e o Procurador Geral de Minas Gerais, Jarbas Soares, anunciaram o projeto de obras para melhoria no trânsito na divisa entre as cidades. Atualmente, a região recebe cerca de 15 mil veículos por dia, causando engarrafamentos. Estudos feitos para a aprovação dos projetos apontaram que o fluxo dos carros vai ser diminuído em até 20% ao fim das obras.


“As cidades esperam essas obras há mais de 40 anos. Vão trazer mobilidade, mais brilho para as cidades. Não é razoável que as pessoas passem uma hora, 40 minutos, para atravessar 500 metros igual acontece hoje. Algumas medidas adotadas pelo MP serão revertidas nessas obras. Essas iniciativas vão trazer uma qualidade de vida melhor para todos que moram na região”, disse Jarbas na época do anúncio. 


No total, serão investidos cerca de R$ 100 milhões por cada prefeitura. Também estão previstos recursos a serem repassados por construtoras de imóveis como forma de compensação pelo adensamento urbano na região.


Parceria entre prefeituras


Os executivos municipais dividiram a responsabilidade pelas obras de melhoria. Além da “obra ferradura”, o Executivo municipal de Nova Lima ficou responsável por alargar a alça que liga a BR-356 à MG-030, no sentido do centro da cidade, e adequar a largura do vão do pontilhão da linha férrea.

 

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Já a PBH vai realizar as intervenções do alargamento do viaduto sobre a BR-356, criando uma terceira faixa no sentido Belvedere-Santa Lúcia, e a construção de um viaduto de acesso aos carros que querem entrar na BR-356 (sentido BH-RJ), para a MG-010 (sentido BH-Nova Lima), sem precisar usar o trevo da avenida Raja Gabaglia.


“A obra de Nova Lima é rápida, com projeto pronto, em um ano para fazer. A nossa também são doze meses e o viaduto mais doze meses. Estamos falando em dois anos, dois anos e meio para concluir tudo”, disse Fuad no anúncio das intervenções.


* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata